Televisão

Estreia: Um Índio em pé de guerra – Vida e obra de António-Pedro Vasconcelos

Dias 5 e 6 de abril, ao final da noite, na RTP1

A vida e obra do conceituado cineasta que marcou o cinema novo português, António-Pedro Vasconcelos, num documentário que poderá acompanhar nas noites sexta e sábado na RTP1.

Aos 80 anos, o realizador António-Pedro Vasconcelos continua a mostrar uma vitalidade e uma energia que lhe permitem não só continuar a fazer filmes marcantes na história do cinema português, mas também ter uma intervenção muito relevante a nível cultural e de cidadania.

Um documentário que nos fala da sua vida e obra e de que uma ou outra forma se influenciam e se determinam, tendo como ponto de partida a história de uma vida contada na primeira pessoa. Mas que conta também com depoimentos de amigos, familiares e colaboradores, nomeadamente atores que trabalharam com António-Pedro Vasconcelos, quer no cinema, quer nas várias áreas em marcaram presença que ao longo da sua vida de forma acutilante e inconformada. Um Índio em Pé de Guerra, como ele próprio já se definiu, mas acima de tudo um homem que vive e respira cinema.

1ª Parte: Sexta, dia 5 de abril, às 23h28
As origens de António Pedro Vasconcelos e sua vinda para Lisboa ainda adolescente. O início da carreira no cinema, com a passagem por Paris e pela Cinemateca Francesa, onde fez a sua formação. A imensa atividade como crítico até aos primeiros documentários e as duas primeiras longas-metragens, em que os argumentos escritos pelo próprio realizador assumem a influência da Nouvelle Vague francesa.

Depois fala-se e reflete-se sobre “O Lugar do Morto”, que o realizador acabou por transformar numa série de televisão.

Espaço ainda para uma reflexão sobre o longo período de silêncio que se seguiu ao “Aqui D”el Rei!”, oito dolorosos anos sem filmar.

2ª Parte: Sábado, dia 6 de abril, às 22h42
Iniciamos com o “come back” de António-Pedro Vasconcelos, com o filme “Jaime”, em 1999. Refletimos sobre a sua aposta definitiva no argumento, onde começa a trabalhar com Carlos Saboga e Tiago R. Santos e que culmina com a colaboração com o produtor Tino Navarro. Um período em que António-Pedro Vasconcelos deixa de ser um cineasta “bissexto”, como ele próprio se considerava, para, finalmente passar a filmar com regularidade.

Falamos ainda do lado epicurista do cineasta, assim como da sua atividade política a nível nacional e europeu e das muitas causas de cidadania em que se tem envolvido.

Tempo ainda para conhecer António-Pedro Vasconcelos homem de família, pai, avô e bisavô, a quem o cinema ensinou a viver e a vida ensinou a fazer cinema.