Off the record

Tomás Adrião: vencedor do “The Voice” descarta comparações

Aos 18 anos, o jovem artista de Rio de Mouro cresce nos palcos que pisa, mesmo que seja numa passerelle. Assim aconteceu na edição do Portugal Fashion que, no fim de semana passado, se realizou no Porto, onde Tomás Adrião deu música à coleção da Meam.

“Estava ali como adereço, o importante era dar a conhecer a marca. Gosto muito de cantar e estava ali a fazer o que gosto, mas sem ser protagonista”, começou por dizer à Move Notícias, numa prova da humildade que o descreve.

Nos bastidores, Tomás assumiu-se atento à moda e “gostar de saber o que anda aí”, apesar de apreciar “andar o mais discreto possível”, por quer “passar despercebido”, deixando perceber assim uma encantadora nota de timidez.

Após vencer o “The Voice Portugal” em dezembro, Tomás Adrião tem “feito música”: “Estou a escrever e a compor. Estou a trabalhar essencialmente nisso, pois é o que quero”.

Para ele, “valeu a pena a participação pois, quer se ganhe ou não, conquistamos sempre mais público, além da experiência que é o mais importante no percurso que se queira fazer”.

Tomás Adrião

Depois do talent show, Tomás sente que as pessoas o passaram a reconhecer e isso até lhe agrada: “Dá-me força para continuar a fazer o que gosto, pois se as pessoas se dão ao trabalho de vir ter comigo ou enviar uma mensagem é porque gostam mesmo de mim e eu fico muito feliz por isso”.

Amigo de Cláudia Pascoal, a vencedora do Festival da Canção que conheceu no programa da RTP, o cantor seguiu o certame com atenção e até vê com bons olhos uma participação futura. “Imagino-me a representar o país com uma música, gostava muito. E agora estou a torcer pela Cláudia”, confidenciou.

Apreciador de “canções antigas, que são referências”, Tomás Adrião sublinhou que Salvador Sobral “veio salvar a música”, e a verdade é que ele próprio é comparado ao vencedor da Eurovisão. Mas, “não somos assim tão parecidos. Eu também gosto de jazz e talvez o jeito de cantar seja peculiar, diferente, e metem-nos logo todos no mesmo saco a pensar que somos todos iguais. Ser comparado com o Salvador é um grande elogio, mas não tento imitá-lo, isso seria um erro”, concluiu, marcando o próprio estilo.