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Carta desvenda reação da Rainha após morte de Diana

A maioria dos elementos da família real, mas sobretudo a monarca britânica, foi fortemente criticada na altura em que a princesa de Gales morreu, em 1997.

Isabel II demorou muito tempo a fazer uma declaração ao país – e ao mundo já que era através da televisão -, assim como a acabar as férias no Castelo de Balmoral, na Escócia, e regressar a Londres, não tendo mostrado muita emoção quando viu os ramos de flores e as mensagens dos cidadãos britânicos colocadas à porta do Palácio de Buckingham.

Mas aparentemente a rainha de Inglaterra também sofreu. Pelo menos, à sua maneira.

Assim o conseguimos perceber a partir de uma carta que a própria escreveu, em resposta às condolências que recebeu. Nessa carta em particular, dirigida a Lady Henriette Abel Smith (confidente próxima de Isabel e que foi obtida em leilão pelo ‘Daily Mail’ depois da sua morte, em 2005), a soberana fala mais abertamente sobre o episódio.

Parte foi escrita à máquina, como se de uma resposta formal e estandardizada se tratasse, mas também tinha uma parte escrita à mão pela rainha.

“Na verdade foi terrivelmente triste e ela é uma grande perda para o país”, escreveu a rainha na parte datilografada.

“Mas a reação do público à sua morte e o serviço na Abbey [Westminster Abbey, onde foi realizada a cerimónia fúnebre] parecem ter reunido as pessoas de todo o mundo de uma maneira bastante inspiradora”.

Quanto aos netos, na altura com 15 e 12 anos e que seguiram a pé no cortejo atrás da urna, “William e Harry foram tão corajosos e eu estou muito orgulhosa deles”.

Já na parte escrita à mão, num tom mais familiar e casual, percebe-se a resposta emocional de Elisabeth a este evento trágico. “Penso que a tua carta foi uma das primeiras que abri – as emoções ainda estão tão confusas, mas todos passamos por uma experiência realmente terrível”.