Televisão

‘Príncipes do Nada’ passa hoje pela Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe

Em todos os episódios de ‘Príncipes do Nada’ são abordados alguns dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que devem ser implementados até 2030 (agenda da ONU) e que dizem respeito aos países desenvolvidos e aos países em desenvolvimento. No próximo programa debruçamo-nos sobre o ODS 4 (Educação de qualidade), o ODS 10 (reduzir as desigualdades), o ODS 14 (proteger a vida marinha) e o ODS 15 (proteger a vida terrestre).

O próximo programa, Na RTP, com emissão hoje, 2 de fevereiro, começa na Guiné-Bissau, mais concretamente no Bairro de Missira, onde Catarina e a equipa de ‘Príncipes do Nada’ encontram Silas, um menino de oito anos que sofre de paralisia cerebral. A mãe conta que muitos tratam o filho como uma criança Irã, um espírito amaldiçoado.

Este conceito, comum na Guiné-Bissau, é atribuído a crianças com alguma patologia ou característica que faz com que sejam consideradas diferentes e, por isso, acabem ostracizadas, maltratadas e por vezes mortas pelos seus familiares e comunidades.

O caso de Silas leva-nos a descobrir a Casa Bambaran, um orfanato que acolhe crianças em risco desde 2011 e tem o primeiro Jardim de Infância Inclusivo da Guiné-Bissau.

Silas viveu nesta casa durante quatro anos. Hoje, o seu processo de reintegração na comunidade está a ser um sucesso. Pôr fim a esta dura realidade não é fácil, mas a Casa Bambaran prova não ser impossível. Esta instituição tem o apoio da organização não-governamental portuguesa FEC – Fundação Fé e Cooperação e, consequentemente, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Depois o programa segue até à Ilha do Príncipe, segunda maior ilha em São Tomé e Príncipe, onde estão a ser implementados vários projetos de proteção da natureza, como o das tartarugas marinhas, que surgiu por iniciativa da Fundação Príncipe Trust com o objetivo de contrariar a realidade que indica que estes animais estão em vias de extinção.

O supervisor da equipa marinha, Jaconias, conta que, em 1000 ovos, apenas 1 ou 2 chegam à vida adulta, o que justifica a intervenção que se tem vindo a fazer ao nível da sensibilização das pessoas. Em terra, acompanha-se o processo de reabilitação da floresta tropical da Ilha do Príncipe e cruza-se com Estrela Matilde, que trocou Portugal pelo Príncipe em 2013 e mostra que a sustentabilidade é possível.