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Presidente turco vai estrear palácio presidencial com 1000 quartos

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan tem um novo palácio presidencial em Ancara, um gigantesco complexo de edifícios com mil quartos. Batizado com o nome “Ak Sary” (Palácio Branco), numa alusão ao nome do partido (AK Parti), mas também à Casa Branca em Washington (cuja tradução é “palácio” em turco), o edifício será inaugurado na quarta-feira, durante a cerimónia formal do Dia da República.

O novo palácio vai substituir o Palácio Presidencial de Çanyaka, que serviu de residência para os presidentes turcos desde a fundação do Estado em 1923, após ter sido escolhido pessoalmente pelo “Pai da Nação”, Mustafa Kemal Atatürk em 1921.

Com 300 mil metros quadrados, o novo palácio não só ultrapassa em tamanho as residências oficiais dos chefes de Estados da França, Grã-Bretanha, Rússia e dos Estados Unidos, mas também a do sultão de Brunei, registado no Livro de Recordes do Guinness como o de maior dimensão do mundo.

A nova residência de Erdogan é também cinco vezes maior do que o Palácio Dolmabahçe, em Istambul, a deslumbrante residência dos sultões otomanos.

Além dos quatro minaretes e de uma mesquita em construção, o complexo inclui um “bunker” antinuclear que permitirá realizar todas “as operações do Governo”, além de um gabinete presidencial e de escritórios blindados e à prova de espionagem, onde se pode apenas entrar após se verificarem as impressões digitais ou da retina.

Com um custo estimado entre 300 milhões a 500 milhões de euros, o palácio estará a funcionar plenamente na próxima primavera, quando a família de Erdogan se mudar para um edifício dentro do complexo.

Embora o interior do palácio deva ter uma decoração do estilo otomano, já a parte exterior deverá transmitir a mensagem de que Ancara “é uma capital selêucida”, nas palavras de Erdogan, embora esta tribo turca, que conquistou Anatólia desde 1021, nunca tenha governado na região.

Erdogan também já anunciou a construção do maior aeroporto do mundo em Istambul (que está ainda a ser planeado), além de outros megaprojetos, que têm merecido críticas.

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