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“Brasileira” vai renascer com António Oliveira

Foi apresentado esta quinta-feira, dia 15, o projecto de requalificação do edifício da Brasileira, o emblemático prédio da baixa do Porto. Durante a apresentação que decorreu na sala central do edifício na Rua de Sá da Bandeira, construído no início do século XX, e inaugurado há 111 anos, António Oliveira explicou que comprou o espaço no final do ano passado ao banco BPI, através da holding OPA, da qual é accionista maioritário.

Ao lado do antigo seleccionador nacional estiveram o arquiteto Ginestal Machado, autor do projecto de requalificação, e a arquiteta Maria Ginestal Machado.

O emblemático café do Porto irá transformar-se num hotel de 4 estrelas, com 80 quartos, dos quais constam 14 suítes, 57 quartos duplos e 8 individuais e ainda, um restaurante, uma cafetaria e um wine bar. Terá também um jardim vertical e um pátio interior e a famosa cafetaria que pretende recuperar o slogan “o melhor café é o da Brasileira”.

“Este será o projeto da minha alma”, confessou Oliveira com a voz embargada durante a apresentação, onde contou com humor, alguns episódios que ligam a sua história à do Café Brasileira. “Isto é a concretização de um sonho. Sempre sonhei ter um hotel e ter o último piso só para mim”, revelou. Para o comentador de “Play-Off”, da SIC Notícias, “A Brasileira” faz parte da sua juventude: “Este projecto é muito mais que um negócio, é acima de tudo o meu reencontro com o mundo das memórias e dos afetos”.

“A Brasileira será devolvida à cidade com toda a sua história e esplendor, passando a constituir um ponto de passagem obrigatório na cidade do Porto, como o foi durante quase todo o século passado” frisou Oliveira, prosseguindo o seu discurso emocionado: “Pretendemos devolver a estes espaços não apenas toda a sua beleza arquitectónica, mas também a alma de um Porto vivo, de debate de ideias, de cultura e de lazer. Estamos convictos que este projeto rapidamente entrará no ‘ranking’ dos mais belos cafés e restaurantes do mundo”.

As obras de requalificação do edifício deverão arrancar “no outono” e prolongar-se por cerca de um ano.

Fotos: Move Notícias e D.R.