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Síria: População retirada de Aleppo e presidente tira controlo aos rebeldes

Depois de anos de guerra e de retrocessos e violações de cessar-fogo, a maior cidade do país – que tem estado nas mãos dos rebeldes – começou a ser evacuada esta quinta-feira, 15 de dezembro, sob supervisão da ONU.

A população foi retirada de Aleppo, numa altura em que o presidente Bashar al Assad assegurou à televisão Al Mayadeen [afeta ao regime] que aquela cidade do norte do país foi “libertada” das mãos dos rebeldes.

“Com a libertação de Aleppo fez-se história graças à resolução e aos sacrifícios do povo sírio”, disse Al Assad, assegurando que se tratava do último local dominado pelos opositores do regime.

“Sacrifícios” que estão a chocar o mundo inteiro. Os bombardeamentos prosseguem e milhares de pessoas continuam encurraladas na cidade, sem acesso a cuidados básicos.

Segundo a organização não governamental Syrian Arab Red Crescent, a operação de evacuação estava na quarta fase ao final da tarde de hoje (hora portuguesa).

De acordo com a delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha na Síria, “houve disparos antes de entrarmos no leste de Aleppo”. Pelas 18h30 (hora portuguesa), altura em que fizeram a última atualização no Twitter, já tinham sido retirados 3 mil civis. Centenas são crianças. Dezenas estão feridos.

Já segundo as notícias da Aleppo Media Center, centenas de homens estarão desaparecidos na cidade depois das forças do governo terem retomado o controlo das áreas dos rebeldes.

As Nações Unidas avançaram que há relatos de que, pelo menos, 82 civis terão morrido nas suas casas às mãos das forças pró-governamentais de Bashar al-Assad.

São várias as organizações não governamentais que estão no terreno a providenciar alimentação, abrigo e cuidados médicos aos sírios.

Os habitantes começaram a ser retirados de autocarro e ambulância e levados para locais sob o controlo do regime. O primeiro grupo saiu do bairro de Al Amiriyah e foi conduzido até Ramusa.

Veja as imagens e vídeos já partilhados no Twitter:

Fotos: Twitter, Comité Internacional da Cruz Vermelha e Aleppo Media Center