Atualidade

ONU ‘despede’ Mulher Maravilha do cargo de embaixadora

Sim, é uma personagem de banda desenhada (BD), mas sim foi despedida. Ou melhor, foi-lhe retirado o cargo.

A Mulher Maravilha foi escolhida, em outubro, como a embaixadora honorária da ONU para o empoderamento das mulheres e das raparigas.

As Nações Unidas consideraram-na um “símbolo da paz, justiça e igualdade” e pretendiam usar a sua imagem na campanha anual de promoção pelos direitos de meninas e mulheres pelo mundo.

A revelação foi feita numa cerimónia que decorreu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e já na altura não agradou algumas organizações feministas e até membros da ONU.

Alegavam que existiam muitas mulheres reais que podiam ter sido escolhidas, em vez de uma personagem de ficção.

Houve até quem criasse uma página na internet a mostrar o seu desagrado, argumentando que a Mulher Maravilha (‘Wonder Woman’, no nome original) é demasiado sexualizada e ligada aos EUA (por vestir as cores da bandeira), e quem criasse uma petição online. Petição essa que foi assinada por quase 45 mil pessoas.

Pois bem, menos de dois meses depois, a ONU voltou atrás. A organização internacional anunciou, esta terça-feira, que desistiu de usar a Mulher Maravilha na campanha mas não explicou os motivos.

A manter-se esta nomeação, a Mulher Maravilha juntar-se-ia a outras personagens de ficção eleitas pela ONU: a fada Sininho foi a embaixadora honorária para as questões ecológicas, Winnie the Pooh para a amizade e Angry Birds para os assuntos climáticos.

Desconhece-se quem será a sucessora da heroína de BD.