Não deve ser só ao escriba que mete asco ver, diariamente, certas criaturas ao saque. Praticam o mal, vivem do mal.
Mete ainda mais confusão ver essas mesmas dar uma de santas, enquanto esmagam tudo o que lhes aparece. É de ir ao gregório, quando com toda a falsidade conseguem os objetivos traçados e ainda se ficam a rir na cara dos outros e a contar vitórias.
Ambiciosos e sem escrúpulos, não são difíceis de detetar. Não é que não se consiga distinguir o que são, mas por alguma razão quem é do bem nem sempre se importa com essa gente. Só por isso vão sobrevivendo. E são tantos os exemplos na nossa sociedade e em todas as áreas…
O poder, seja ele qual for – do sexo ao dinheiro e passando pelas influências – atrai. Talvez por isso haja, de facto, quem tudo faça para o ter e quem tudo use para a ele chegar. A autenticidade e genuinidade são trocadas pela falta de honestidade e pelo vale tudo em todas as vertentes, resultando em assalto ao poder.
Julgam-se os mais espertos e raramente parecem o que são. São a própria consciência da vergonha de serem e de existirem.
Riem-se nas costas dos outros, mas desconhecem que o seu riso amargo não vence, porque é percebido, apenas é tolerado. De mente selvagem e práticas canibalescas, vão-se safando até um dia e por poucos dias, enquanto os outros safam-se uma vida toda.
Como não basta ter, é preciso anunciar que se tem. Também por aqui se apanham. Dizem-se felizes o tempo todo, mas quem o é não precisa de anunciar, propalar, não destaca essas banalidades, pelo contrário, nem quer anunciar-se para poder passar por entre os pingos da chuva. É isto que esses arcaicos e amadores do poder não percebem, nem nunca perceberão. É por isso que os toleramos, servem de distração enquanto pensam que são gente…
No fundo, ocupam lugares vazios. Gente que vive fora da realidade num mundo imaginário ao serviço de alguma coisa, só é importante para o seu umbigo.
São gordos a pensar, mas demasiado magros de mente.
Vou ali tirar um apontamento… Até terça!
