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Rui Maciel, um arquiteto experiente a dar cartas na decoração de interiores

É arquiteto de formação mas há já 12 anos que trabalha na área de design de interiores. Decora casas e espaços comerciais, aqui e fora de Portugal.

Rui Maciel é um dos 12 profissionais convidados da mostra de interiores e design ‘Sleep In Porto’, que abriu esta sexta-feira e termina dia 12, no Museu do Vinho do Porto, situado na rua de Monchique, na Invicta.

O seu vasto currículo e estilo inconfundível foram ‘requisitos’ para a sua participação. O evento propôs a cada convidado que decorasse um quarto de hotel imaginário para determinado tipo de turistas, pensado pela organização.

“Coube-me um casal, de 35 anos, que vive em Bristol, no Reino Unido, que veio passar uns dias ao Porto e aproveitaram para visitar mercados”, começou por descrever Rui Maciel à Move Notícias.

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Com base nessa premissa, optou por tornar um quarto, uma casa-de-banho e uma sala “luxuosos”, pois o Porto “não está muito virado para o turismo de luxo”. Uma falha, aponta, que quis colmatar. Bem ao seu estilo.

“Quem me conhece sabe que este espaço me denuncia. Usei espelhos, luz e optei por cores e tons, como beges e castanhos, feitos por mim”, adiantou o profissional, visivelmente orgulhoso.

Apreciador dos hotéis design, tal como o ‘Urban’ ou o ‘Puerta América’ em Madrid, quis transpor esse ambiente para o projeto. Há uma “cama com um sistema de luz, por baixo, para parecer suspensa”, uma “lareira artificial na zona da sala de estar para se sentirem confortáveis”, e alcatifas “cujas linhas se cruzam entre elas, para recriar os trilhos do elétrico do Porto”.

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“Cada vez mais um casal jovem ou não jovem procura sentir-se confortável, mesmo em hotéis”, explicou Rui Maciel, reforçando a ideia de que o hotel “deve ter um ambiente completamente diferente da nossa casa, mas há que sentir o conforto”.

O arquiteto gosta de escolher peças únicas e com design, daí a sua preferência pelo “sofá, para ver televisão, e os dois cadeirões à beira da lareira que vão a um concurso internacional de design em Londres”.

Também optou por um espaço aberto entre quarto e casa-de-banho, sendo que esta se situa por detrás daquele, sem portas, toda forrada a papel de parede e com uma banheira ao centro. “Cria-se uma privacidade mas não é tão claustrofóbico”, explicou.

‘Sleep In Porto’, com horário entre as 12h00 e as 20h30, tem entrada livre para qualquer pessoa – amadora ou profissional na área -, mas se algum empresário de hotelaria gostar das sugestões apresentadas por Rui Maciel e não só, há sempre a possibilidade de podermos dormir num quarto de hotel personalizado. No Porto ou no resto do país. O cunho, esse, é sempre de qualidade.

Fotos: José Gageiro