Off the record

Manuel Luís Goucha vive o presente…a cores

Aos 59 anos, Manuel Luís Goucha é, sem dúvida, um dos rostos mais carismáticos da televisão portuguesa. Atrevido na apresentação, na vida privada prima pela discrição, partilhando com o público apenas o que quer e como quer, vivendo bem assim.

De bem com a forma de estar, Goucha, como é tratado pelos mais próximos, gosta de roupa com bons cortes em tecidos irreverentes, marcando a diferença com padrões inusitados e muito à frente do que estamos habituados a ver no pequeno ecrã onde entrou há mais de três décadas, depois de ser dispensado de uma peça de teatro por Raul Solnado.

Com um bigode farfalhudo, Manuel Luís Goucha ficou marcado na memória de quem o viu dar os primeiros passos na televisão, com programas de culinária, mas não se alimenta do passado, negando nostalgia ou algum tipo de saudosismo nem mesmo quando está no Porto, onde viveu nove anos quando conduzia o “Praça da Alegria” na RTP.

Manuel Luís Goucha

“Não tenho saudades de nada, nunca tive, o passado não dá futuro, não sinto saudades de nada nem de ninguém, agora venho algumas vezes durante o ano ao Porto porque gosto muito da cidade e depois encontram-se muitas coisas giras para mostrar no ‘Você na TV’. Assim aproveito também para alimentar o meu blog e, portanto, o Porto é sempre um grande pretexto para trabalhar”, confessou à Move Noticias à margem de mais uma edição do Chá da Liga Rainha Maria Pia.

Naquela que foi a sua terceira vez na iniciativa, o comunicador voltou a ficar na mesa da presidência mas, apesar de convidado, fez questão de comprar o lugar. Isto porque “não é aparecer aqui como uma cara conhecida e ser uma mais valia, não, isso não chega. Devemo-nos envolver de outras formas e realmente estão aqui 450 pessoas que habitualmente não faltam e todos os anos há sempre mais alguém”, reconheceu, acrescentando que conhece bem a causa apoiada.

“Entrevistei a presidente da Liga, Maria Clara Gomes, ainda na Praça da Alegria, há 15 anos, e visitei ainda o Hospital Maria Pia quando ele ainda existia e sempre me surpreendeu a qualidade desta instituição em conseguir donativos, na mobilização da sociedade civil para depois conseguir mitigar carências nessa população mais frágil que são as crianças hospitalizadas. Portanto sei o que estou a dizer, pois vi muitos equipamentos hospitalares comprados com este dinheiro que se consegue em chás e em jantares”, concluiu, atestando confiança na solidariedade.

Sempre bem-disposto, mostrou que, apesar de atingido com as últimas notícias que envolviam a mãe, não se deixa abalar com facilidade, até porque, assim como os fatos que veste, também a sua existência é pintada de muita cor.

Manuel Luís

Fotos: http://www.cabaredogoucha.pt/