Cultura

Morreu vítima da Covid-19 o escritor Luís Sepúlveda

O escritor Luis Sepúlveda morreu esta quinta-feira, aos 70 anos, vítima da Covid-19.

A última aparição pública do autor chileno foi em Portugal, em fevereiro no festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, dias antes de ser internado em Espanha.

Luis Sepúlveda ou “Lucho” (como carinhosamente era tratado),  sentiu os primeiros sintomas dois dias depois de ter passado pelo festival literário Correntes d’Escritas, entre os dias 18 e 23 de fevereiro. Regressou a casa, em Oviedo, Espanha, onde, no início de março, começou a sentir-se mal. Procurou ajuda médica, com sintomas de pneumonia, e foi diagnosticado com a Covid-19.

O escritor estava internado no Hospital das Astúrias, onde foi induzido em coma dias depois.

A confirmação de que estava infetado com a covid-19 levou o Correntes d’Escritas a recomendar uma quarentena voluntária aos que participaram no festival e estiveram em contacto com o escritor. Tudo isto aconteceu ainda antes de as autoridades portuguesas confirmarem oficialmente qualquer registo de infeção em Portugal, o que só viria a acontecer a 02 de março.

Luís Sepúlveda, nasceu no Chile a 04 de outubro de 1949. Estreou-se nas letras em 1969, com «Crónicas de Piedro Nadi» («Crónicas de Pedro Ninguém»), dando início a uma bibliografia de mais de 20 títulos, que inclui obras como «O Velho que Lia Romances de Amor» e «História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar».

Luís Sepúlveda era casado com a poetisa Carmen Yáñez, que também esteve hospitalizada e em isolamento.