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Pais de Maddie emocionados enquanto se pondera ajuda do Facebook nas buscas

Kate e Gerry McCann decidiram mostrar mais uma vez a dor que sentem com o desaparecimento de Maddie, ocorrido há quase uma década na Praia da Luz, no Algarve.

“Dez anos, não há uma forma de dizer isto facilmente, de descrevê-lo, de aceitá-lo. Quando a Madeleine desapareceu não conseguiríamos sequer considerar que isto fosse durar anos”, pode ler-se na carta escrita pelos pais da menina, que foi divulgada na página do Facebook ‘Official Find Madeleine Campaign’.

“A maioria dos dias é semelhante ao resto – outro dia. 3 de março de 2017 – outro dia. Mas dez anos – uma horrível marca no tempo, tempo roubado”, acrescentaram. Kate e Gerry McCann garantiram que continuarão a fazer todos os possíveis para encontrarem a filha, que na altura tinha três anos, pois continuam a manter a esperança. “Nunca nos iremos render”, disse o casal britânico, que descreve este infortúnio como “horrível” e “doloroso”.

“Estamos a preparar-nos para as próximas semanas. Será stressante e doloroso recordar velhas ‘histórias'”, desabafaram na carta, onde referiram também que não vão gastar energias em fazer desmentidos à imprensa sobre estarem ou não envolvidos no desaparecimento de Maddie.

Entretanto, esta quinta-feira, 27 de abril, um ex-detetive policial da Scotland Yard, Mick Neville, revelou que o Facebook pode agora ajudar nas buscas da criança, através da criação de um software de reconhecimento facial, que poderá localizá-la através da marca incomum existente no olho direito de Maddie.

“Se uma pesquisa de imagem for realizada em mulheres numa faixa etária de três a 15 anos com esta marca no olho, então podem existir apenas algumas centenas no Reino Unido e dezenas de milhares em todo o mundo. Seria um número fácil de ser lido”, explicou o detetive já reformado.

“Ela agora seria uma menina de quase 14 anos. Se estiver a ser criada por um casal sem filhos então é provável que use Facebook ou Snapchat, tal como todas as crianças daquela idade”, acrescentou Mick Neville, que recordou não existirem provas de que Madeleine McCann esteja morta e garantiu que as buscas irão continuar.