As gravações da nova novela da TVI já terminaram e agora, antes da estreia (a 4 de setembro) de ‘A Impostora’, muitos atores fazem o balanço do projeto assinado por António Barreira e que acreditam “ser vencedor”.
É o caso de António Pedro Cerdeira. O ator não poderia estar mais contente com “o presente” que lhe deram ao ser escalado para dar vida a ‘Paulo de Jesus Pires’, um mecânico muito excêntrico com uma característica muito particular para alguém habituado a dar vida aos galãs das novelas: é gay!
“Este foi um papel completamente diferente de tudo o que fiz até agora. Já tinha interpretado personagens homossexuais no teatro mas nunca com tamanha intensidade”, garantiu António Pedro, confidenciando ainda que “terá cenas muito bonitas” com Fernando Pires (que interpreta ‘Valentim Costa’, com quem criou uma grande empatia fora do ecrã.
“Conhecia o Fernando como ator, não sexualmente”, brincou Cerdeira que tem na sua personagem uma série de nuances que fazem deste um dos “melhores papéis de sempre”.
“Fui largamente privilegiado. O papel está muito bem escrito e tão depressa estou em modo diva como sou um homem à séria que compra qualquer briga”, justificou, visivelmente entusiasmado com o que aí vem.
Mas os projetos do ator não ficam por aqui. Ao mesmo tempo, António Pedro esteve a gravar a série da RTP, ‘Mulheres Assim’, onde dá vida a “um advogado muito gingão”.
Sem tempo para férias, Cerdeira prepara-se agora para integrar ‘Jacinta’, uma série de época sobre a pastorinha de Fátima.
O ator que não dá descanso aos colegas
Já algo nostálgico com o final das gravações de ‘A Impostora’, o ator garante que fez grandes amigos nesta novela.
Sofia Aparício é uma das colegas que ficará “eternamente no meu coração”. “Tivemos uma química imediata e enquanto irmãos isso era necessário”, lembrou, explicando que a relação quase fraternal saltou para fora da ficção.
“Falamos três vezes por dia, ‘atazanamo-nos’!”, garantiu.
Com vários “companheiros de viagem” no elenco – nomeadamente Fernanda Serrano de quem é amigo praticamente desde o início da sua carreira -, Cerdeira não consegue deixar de lado o seu jeito brincalhão e são vários os atores e figurantes a “queixarem-se” das suas já conhecidas partidas.
“Continua a divertir-me imenso. Desta vez foram muitos os que não me escaparam”, confessou animado.
Saudades ficam de Nicolau Breyner, que faleceu ainda o projeto ia a meio. António Pedro recorda o veterano com carinho e relembra a última vez que estiveram juntos: “A personagem dele estava sempre a meter-se com a minha. A última cena que gravámos foi com ele a apalpar-me”.
