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Morreu Carlos Costa do grupo Trio Odemira

Carlos Costa, o músico que fez parte do Trio Odemira, morreu no passado domingo, 7 de março, anunciou esta quarta-feira, 10 de março, o grupo português. Tinha 80 anos.

O Trio Odemira contava mais de 60 anos de carreira. Formou-se em 1958, protagonizando êxitos como ‘Ana Maria’ e ‘Anel de Noivado’. O grupo detém recordes de vendas como um Disco de Platina (por mais de 140 mil exemplares) e seis Discos de Ouro (por mais de 40 mil exemplares cada).

Em 2019 o grupo celebrou os 60 anos de carreira, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, entre outros palcos e, em setembro de 2016 foi distinguido com o Prémio de Mérito e Excelência Cidade de Moura, na área da música.

Além de Carlos Costa, que residia na aldeia dos Capuchos, no concelho de Almada, no distrito de Setúbal, constituíam o trio os seus irmãos Júlio Costa e Mingo Rangel.

A morte de Carlos Costa já foi lamentada pelos fadistas Maria da Nazaré e Nuno da Câmara Pereira, que escreveu uma homenagem.

Leia as palavras do fadista:

Carlos Costa – Uma vida inteira dedicada à música portuguesa. Prova de vida incessante, contínua e preserverantemente inolvidável. De sorriso franco e imediato foi sem dúvida uma das maiores figuras do cancioneiro português. Nunca parou de cantar e de acreditar na sua juventude e alegria contagiante de viver e transmitir felicidade através de sua ímpar voz. Com Júlio seu irmão e depois com seu filho, constituíram a INCLITÍCA GERAÇÃO ” da música portuguesa.
São inúmeros os temas que deixou eternizado por sua voz única e afinada. Meu grande amigo com quem partilhei na Aula Magna e depois Coliseu várias das minhas comemorações discográficas, assim como a deles próprios, em Odemira, São Luiz e outros sítios. Amigo, culto e inteligente deixa-me profunda tristeza e mais ainda pela forma ignota com que abandonado ao desdém pelas entidades mais responsáveis, como a SPA, Museu do Fado e Televisões etc.. Aqui fica o meu reconhecimento e gratidão pública a quem deixa vasta obra musical e até literária, alguma, por quem merecia outra dignidade e respeito maior. CARLOS, OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO“.