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Ódios e paixões sobre acusação a CR7 agitam redes sociais

Cristiano Ronaldo sempre demonstrou argumentos para ser perpetuado como uma das mais marcantes figuras da história de Portugal. Sedento de conquistas, mesmo numa carreira recheada delas, quis sempre mais. Gerou muitas paixões, por isso, nas redes sociais, todos têm opinião sobre o caso que belisca a imagem do ídolo.

Esta sexta-feira a polémica envolveu o diretor de informação da RTP que nunca pensou que uma opinião, na sua página pessoal sobre caso Cristiano Ronaldo, virasse noticia.

Paulo Dentinho, diretor de informação da RTP, reagiu, na sua página pessoal do Facebook, à polémica em torno da alegada violação de Cristiano Ronaldo à norte-americana Kathryn Mayorga, em 2009.

Num primeiro post, Paulo Dentinho escreveu que “os homens que violam mulheres não gostam de mulheres”, sem dar a entender se falava ou não do jogador português.

Noutra mensagem, bem mais explícita, o diretor de informação da RTP publicou: “Há violadas de primeira, violadas de segunda categoria, violadas de terceira categoria, etc. Depende do estatuto delas mas, sobretudo, do estatuto deles. Questão de perspetiva… Um “não” de uma puta — e tem também ela direito a dizer não — vale nada. É mercadoria. E se o violador tiver a auréola de herói nacional, é puta de certeza, no mínimo dos mínimos uma aproveita sem escrúpulo algum. Logo, puta!”.
Terminado: “Os factos, que se fodam os factos. Estava a pedi-las, foi o que foi. Felizmente não é mamã, a filhota ou o filhote de alguém. Porque nesta justiça será sempre uma filha ou um filho da puta”.

Após ter conhecimento destes comentários, Manuela Brandão, uma das assessoras de imprensa da Gestifute – empresa que representa o jogador – questionou, também na sua página pessoal do Facebook, a credibilidade da RTP na futura cobertura do caso.

“Há directores de primeira, directores de segunda e aqueles que nunca na p. da vida deviam ocupar um lugar de tamanha responsabilidade por não terem o mínimo exigível de qualidade, profissionalismo, isenção, carácter, credibilidade e bom senso. Porque ser director de informação da RTP não é o mesmo que ser director do jornal da paróquia. Porque ser jornalista da RTP exige responsabilidade, ética, seriedade, isenção. Shame on you!! Director de informação??? Pobre RTP, que sempre nos habituara a outra qualidade, elevação, responsabilidade e, sim, isenção, insisto. E agora RTP? Em que pé fica a credibilidade da vossa Informação?”, escreveu Manuela Brandão, numa mensagem ilustrada com uma imagem da mensagem partilhada pelo diretor de informação da RTP.

Declarações polémicas, que segundo alguma imprensa avançou, originaram a abertura de um inquérito por parte do canal público e causaram uma revolta na redação de jornalistas da RTP.

Recorde-se que o internacional português, de 33 anos, é acusado por Kathryn Mayorga, que diz ter sido violada a 13 de junho de 2009, num hotel de Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.

A polícia local reabriu a investigação, depois da mulher ter apresentado queixa na semana passada num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas.