Álbuns da Semana

Recorrer ao voyeurismo para ouvir em segundo plano ou reinterpretar os clássicos

Há dias, os Arctic Monkeys lançaram o videoclip de ‘Four Out Of Five’, faixa do seu novo álbum ‘Tranquility Base Hotel & Casino’.

No vídeo, Alex Turner interpreta dois personagens diferentes, representados pelos visuais distintos entre si.

Com aparentes referências a trabalhos de Stanley Kubrick, o vídeo complementa muito bem as letras do cantor, utilizando belos cenários, e explora o voyeurismo.

Também mostra uma imagem de Turner a olhar para a sua maquete de papelão do Tranquility Base Hotel, uma sequência que foi tirada de ‘The Shining’.

“Fiquei bastante consumido com isso. Levantava-me no meio da noite, descia e investigava”, disse o vocalista à ‘Rolling Stone’, falando sobre o tal modelo de papelão.

“Eu continuava a chamá-lo de modelo de lobby, como a ideia de que às vezes essas coisas ficam nos lobbies dos prédios que representam – esse circuito é atraente para mim, como em ‘The Shining’, com o labirinto em miniatura no lobby, e ele está à procura lá e vê que as pessoas estão lá…”, frisou.

‘Tranquility Base Hotel & Casino’ é o sexto álbum na carreira dos Arctic Monkeys. E marca uma nova fase para o grupo britânico, que decidiu deixar as guitarras em segundo plano e mergulhou em influências dos anos 60 e 70.

O último álbum da banda, ‘AM’, tinha sido lançado em 2013.

Em abril, os Thievery Corporation lançaram o 11.º álbum de estúdio ‘Treasures From the Temple’ (Tesouros do Templo).

Neste trabalho, a dupla de música eletrónica, natural de Washington DC, contou com os seguintes artistas: Sr. Lif, Sitali, Racquel Jones, Notch, Natalia Clavier e Lou Lou Ghelichkhani.

As 12 faixas de ‘Treasures From The Temple’ é uma continuação do seu último álbum ‘Temple of I & I’, gravado em Port Antonio. Nele misturam o seu som de assinatura com vibrações clássicas de dub, dancehall e roots.

Quase duas décadas e vários álbuns depois de iniciarem carreira, Rob Garza e Eric Hilton ainda conseguem proporcionar uma visão descontraída da música eletrónica e mundial.

A principal diferença entre então e agora é uma influência maior do reggae, que aparece em faixas como ‘San San Rock’ e ‘Waiting Too Long with Notch’.

No geral, é bom para se ouvir em segundo plano, ao género “chillout”. Destacamos esta semana o tema ‘History’.

Em novembro passado, as lendas pós-punk de Liverpool Echo & The Bunnymen anunciaram o próximo disco – o primeiro desde ‘Meteorites’, de 2014.

O novo álbum, ‘The Stars, The Oceans & The Moon’, tem lançamento marcado para 18 de maio de 2018.

No entanto, do que já se sabe, contará com clássicos dos Bunnymen transformados e reinterpretados com o co-produtor Andy Wright em “novas músicas com cordas e coisas ligadas”.

Isso não é muito incomum, dado o uso liberal de cordas por Bunnymen em clássicos como ‘The Cutter’ e ‘Silver’, e o uso que a banda faz de uma secção de cordas ao vivo durante os concertos nos últimos anos.

Liderado por Ian McCulloch e Will Sergeant, e co-produzido por Andy Wright, o álbum ‘The Stars, The Oceans e The Moon’ promete revisitar “algumas das suas melhores canções” e mostrar faixas novas.

Segundo McCulloch, a ideia deste projeto é uma só. “Não estou a fazer isto para mais ninguém. Estou a fazer isto, pois é importante para mim melhorar as músicas. Tenho que fazer isso.”

O trabalho estará disponível em CDs assinados e não assinados, LPs duplos, discos de fotos duplas e cassetes.

Juntamente com o anúncio do novo álbum, foram avançadas algumas datas da tournée britânica que culminam no Royal Albert Hall, em Londres, a 1 de junho.