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Renato Seabra: vida hipotecada há sete anos sem nunca perder o apoio da mãe

Os anos passam, mas ninguém esquece o dia de Reis de 2011. Portugal acordou com a notícia de que o cronista Carlos Castro tinha sido assassinado no quarto de hotel onde se tinha hospedado, em Nova Iorque.

O crime ocorreu a 5 de janeiro e não demorou até haver um suspeito. Renato Seabra, na altura com 21 anos, apontado como namorado da vítima, passou depressa a ser responsabilizado pelo ato macabro, em que a arma usada foi um saca rolhas.

Em Cantanhede, a terra natal do modelo, depressa chegaram jornalistas para falarem com a família de Seabra. A mãe, Odília Pereirinha, manteve-se afastada, tendo sido a Joana Seabra, e o cunhado, João Marta, a virem a público clamar inocência.

Julgado, Renato apanhou 25 anos de cadeia e só poderá pedir liberdade condicional um ano antes de atingir o limite da pena, que será revista de acordo com o comportamento, podendo ser prolongada a perpétua.

Enquanto isso, foi e vai perdendo momentos familiares importantes. Há sete anos, estava quase a ser tio pela primeira vez de Maria que, em setembro, entrou para o primeiro ano. Também não viu nascer o segundo sobrinho, Afonso, de quase dois anos e meio e, segundo fontes próximas, “isso é o que lhe custa muito e o deita abaixo”.

Aliás, “o Renato é o padrinho da sobrinha mais velha, está registado como tal, embora tenha sido a mãe a substituí-lo”, acrescenta a mesma fonte.

Preso agora no ‘Clinton Correctional Facility’, um estabelecimento de alta segurança situado junto à fronteira com o Canadá, Renato Seabra vai contando, de três em três meses, com as visitas da mãe.

Marcada pelo desgosto, Odília “está desfigurada, muito inchada, dos medicamentos que toma”, relata quem acompanha a família de perto e que não dá a cara por respeito a quem optou pelo recato.

O silêncio, sete anos volvidos, é comum a todos os que a ele se ligam, não havendo qualquer manifestação nem em público, nem nas redes sociais onde, nos primeiros tempos, até chegou a correr uma petição para o trazer para Portugal.

Em contrapartida, no perfil de Facebook de Carlos Castro, são muitos os que se lembram de aniversários, destas datas e até da sua paixão clubística pelo Benfica.

Veja o trailer do “Crime”, a longa-metragem de Rui Filipe Torres inspirada no homicídio de Carlos Castro – o cronista português morto em Nova Iorque em 2011 por Renato Seabra: