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Criador do jogo ‘Baleia Azul’ diz estar a “limpar a sociedade” de “desperdício biológico”

Philipp Budeikin, autor do polémico jogo online que tem como objetivo levar jovens à automutilação e ao suicídio, afirmou que quem aceitou entrar nos desafios “queria morrer” e que, por isso, ele achava apenas que estaria a “limpar a sociedade” de “desperdício biológico”, referindo-se assim às vítimas mortais de ‘Baleia Azul’.

O russo, de 21 anos, está preso em São Petersburgo, na Rússia, onde se encontra sob custódia por ser acusado de ter incitado cerca de 16 estudantes ao suicídio, através da participação no jogo que está a assustar a sociedade.

“Elas morriam felizes. Eu estava a dar-lhes o que não tinham na sua vida real: calor, compreensão, uma ligação a algo”, disse Budeikin numa entrevista divulgada pelo ‘Daily Mail’. O autor de ‘Baleia Azul’ referiu que “há pessoas e há lixo biológico”, sendo que o último não é útil para a sociedade, de acordo com o próprio.

Apesar de tudo, o responsável por estes suicídios tem recebido várias cartas de fãs na prisão onde se encontra, sendo a maioria escrita por jovens apaixonadas por Philipp Budeikin, segundo as autoridades locais.

Budeikin revelou que teve a ideia há cinco anos, e decidiu que era altura de colocá-la em prática. “Eu estava simplesmente a limpar a sociedade destas pessoas”, acrescentou.

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Automutilação feita devido ao jogo ‘Baleia Azul’

O ‘Baleia Azul’ faz uma espécie de lavagem cerebral a adolescentes vulneráveis durante cerca de 50 dias, que são preenchidos por tarefas como assistir a filmes de terror em horas incomuns e automutilações, antes de chegarem ao desafio do suicídio.

O autor do jogo online revelou que obrigava os jogadores a não dormir em determinada altura, de forma a cumprirem mais facilmente as ordens que lhes eram dadas.

Recorde-se que o jogo também já chegou a Portugal, onde foram identificadas até agora oito vítimas do desafio ‘Baleia Azul’. Apesar de todas terem dado entrada no hospital, algumas delas nas urgências dos estabelecimentos de saúde, ainda não houve nenhuma vítima mortal no país.