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Famílias desfeitas: Estas são as vítimas da tragédia no Funchal

Bastou um carvalho, com 200 anos, cair no momento em que vários madeirenses se preparavam para iniciar a procissão em honra de Nossa Senhora do Monte, a 15 de agosto, para várias famílias ficarem desfeitas.

Treze pessoas (oito mulheres e cinco homens) perderam a vida. Dez pessoas morreram de imediato e outras três a caminho do e no Hospital Dr. Nélio de Mendonça, no Funchal.

À exceção da criança de um ano, as restantes vítimas mortais tinham idades entre os 28 e os 59 anos. Há ainda duas estrangeiras entre os mortos.

Família Camacho
Gustavo Camacho tinha 15 meses de idade e nasceu prematuro aos seis meses de gestação. O bebé era filho de Diogo Camacho, outra das vítimas mortais, e Joana Camacho, que ficou gravemente ferida e foi submetida a uma cirurgia.

O menino morreu durante o transporte para o hospital.

O pai do bebé, Diogo Camacho, era mecânico e colaborador da equipa de rali da MotorLobos, desde o Rali Vinho Madeira 2017, mas já estava ligado à competição desde os 15 anos.

Ilda Abreu
Ilda Abreu trabalhava num café próximo do Largo da Fonte, onde aconteceu a tragédia. Deixou uma filha.

Família Silva
A família Silva também perdeu dois membros: Silvano Silva e a mãe, Alice Silva. Silvano deixa dois filhos, netos de Alice.

Elda Santos
Natural do Funchal, Elda Santos deixa três filhos.

Roberto Gouveia
Não há ainda informação sobre esta vítima mortal.

Ana Maria Freitas
Ana Freitas morreu no dia do seu aniversário. Fazia 63 anos de vida mas estaria a colocar uma vela por alma do marido, que morreu no ano passado.

Carlos Fernandes
Rosa Fernandes viu o marido, Carlos Fernandes, de 52 anos, morrer esmagado pela árvore. Também estava no local mas conseguiu fugir para o outro lado.

As vítimas estrangeiras
Uma mulher, de nacionalidade francesa, com 42 anos, morreu no local. Já uma húngara, de 31 anos, faleceu no Hospital Dr. Nélio Mendonça.

Freguesia do Monte vive terceira tragédia em sete anos
A queda do carvalho fez subir para 63 o número de mortos em acidentes e desastres naturais na Madeira desde 2010.

A 20 de fevereiro de 2010, o temporal que matou 47 pessoas destruiu por completo a Capela de Nossa Senhora do Monte, padroeira da ilha, nessa freguesia, que era na terça-feira homenageada com a procissão anual. A capela chegou a ser arrastada pela força das águas e apenas uma imagem de Nossa Senhora foi salva.

Entre 8 e 13 de agosto de 2016 a romaria de Nossa Senhora do Monte tinha sido cancelada por causa dos incêndios que assolaram a ilha da Madeira.

Os fogos florestais entraram mesmo na cidade do Funchal e consumiram cerca de 300 habitações, bem como o recente Hotel Choupana Hills, que ardeu por completo. As chamas provocaram três mortes.

Um dos três detidos pela Polícia Judiciária, um jovem de 24 anos, acabou por ser condenado a 14 anos de prisão.

Fotos: Facebook (fotos públicas até ao momento)