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Agir reage a preconceito que vai muito para além da hostilidade

O reconhecido cantor e produtor musical, de 33 anos, não fugiu ao julgamento e atitude discriminatória de um seguidor das suas redes sociais. Neste caso, Agir sofreu do preconceito contra pessoas gordas, uma intolerância com o nome de gordofobia.

Bernardo Correia Ribeiro de Carvalho Costa, conhecido por Agir, não conseguiu ultrapassar o assunto sem responder ao cyberbullying, decidindo falar de “um assunto que o incomodou“.

Infelizmente, este tipo de comentários e ofensas já são um bocadinho o pão nosso de cada dia. Estou relativamente habituado“, começou por afirmar o artista que tem provas dadas na sociedade com uma carreira sólida e bem sucedida.

Mas neste caso em concreto, este comentário retrata alguns tipos de preconceitos e estereótipos que acho que ainda, se calhar, valem a pena desmontar“, continuou,  passando a ler o referido comentário: “Honestamente, e sem querer ser insidioso, mas o aspeto do Bernardo Carvalho Costa é, no mínimo, repudiante. Está com péssimo aspeto. É compreensível que ele não se sinta bem com o corpo e com a aparência dele e se refugie nas tatuagens e nas drogas. Mas dá um péssimo exemplo às pessoas mais novas que o seguem. Ele deveria ser ajudado urgentemente. Todos os sinais de uma pessoa perturbada interiormente estão lá“.

Agir deu-se ao trabalho de explicar pormenores da sua vida pessoal, sem denunciar a pessoa em questão, como fez o ator Manuel Morreira que exibiu publicamente a identidade do preconceituoso quando foi insultado por ser gay. “Ele junta um problema de saúde mental com tatuagens e drogas. Portanto, quase como se uma pessoa quando tem problemas de saúde mental automaticamente quer fazer tatuagens e claro que dá nas drogas. Eu tive realmente uma fase mais boémia e mais maluca quando era adolescente e, curiosamente, nessa fase não tinha uma única tatuagem. Com 20 anos abandonei essa vida maluca porque – nada de super grave – tive aquilo que quem exagera um bocadinho nisso passa, que é por ataques de ansiedade e de pânico” prosseguiu o artista, sublinhando que depois de ter apanhado um “susto“, largou “tudo e mais alguma coisa que pudessem ser excessos de um dia para o outro“.

Desde os 20 anos que “não toca num cigarro, num copo de álcool, numa ganza, em rigorosamente nada“, referiu o filho de Paulo Carvalho e Helena Isabel no vídeo que publicou.

 

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Mas no meio de tantos preconceitos que ainda fazem parte da nossa sociedade, há pessoas que apenas veem a magia de um artista e o poder que a arte tem de mudar a vida das pessoas.  Foi o caso de outra seguidora que, quando Agir partilhou um pequeno vídeo no Facebook a interpretar um dos seus temas, para promover um espetáculo, deixou um bonito testemunho.

Ohh Agir que música tão linda ,foi com esta música que o meu Francisco começou a reagir ao traumatismo grave originado de um atropelamento ,ninguém sabia se ele ouvia porque não respondia a estímulos mas foi com a sua música que ele começou a reagir, gostamos muito muito de si“, escreveu a senhora nos comentários.