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João Manzarra arrasa com recado e evidência a coerência que o carateriza

O apresentador da SIC desde há muito tempo que se assume defensor de um estilo de vida saudável e próximo da natureza. Vegano e exigente com práticas sustentáveis, João Manzarra tem mostrado com as suas atitudes, que não precisamos de metade das coisas que dizem que precisamos.

Sem meias medidas, esta terça-feira fez jus à sua maneira de ser e, publicamente, emitiu uma chamada de atenção às “entidades que gentilmente”  lhe enviam “coisas“. Presentes que, apesar da crise gerada pela pandemia, as marcas continuam a oferecer às figuras públicas, para receberem como troca publicidade gratuita nas suas redes sociais.

Caras entidades que gentilmente enviam coisas. Espero que se encontrem bem e que Não me levem a mal, mas antes de enviar coisas peço-vos que perguntem antes se tenho interesse em recebê-las“, começou por escrever nas redes sociais.

Agradeço a gentileza dos gestos mas a minha garagem finita não acompanha a generosidade. O problema, no entanto, vai além do armazenamento e da não utilidade dessas coisas na minha vida, o problema está na insustentabilidade que todo o enviar de produto traz com ele: a sua produção, a embalagem personalizada, o transporte e a minha deslocação para o levantar“, prosseguiu, sublinhando:  “Tudo isto sem o remetente conhecer o meu interesse no objecto em causa“.

Um dos envios (nada contra a marca), por exemplo, trazia uma água potável em garrafa de vidro dentro de uma caixa bem bonita, personalizada com o meu nome, cheia de papéis a explicar as suas propriedades, dentro de uma outra caixa maior com esferovite“, pormenorizou.

Receber 330 ml de água que viajou centenas de kms em vidro entregue numa caixa brilhante com o meu nome em roxo é fazer de mim Cleópatra, rainha do Egipto, filha do rei Ptolemeu. Só que eu sou o Joãozinho, nascido no Areeiro, filho da Célia e do Toni, regado a torneira desde os anos 80“, continuou, sem passar ao lado do humor que também o carateriza, salientando que “o Joãozinho está numa de deixar de acumular coisas“.

Assim, caras entidades que gentilmente enviam coisas, se realmente acharem que faz sentido, antes de enviarem o quer que seja, iniciemos uma boa conversa. Assumo a minha parte na sociedade de consumo, mas ainda assim gosto de ter algum controlo nela“, conclui com um “abraço daqueles” e uma sugestão: “Gosto de sofás confortáveis“.