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Jorge Palma celebra 70º aniversário com amigos e dois discos do início de carreira

O artista celebrou 70 anos esta quinta-feira, dia 4 de mai. No dia em que fez 70 anos, as redes sociais de Jorge Palma foram o palco para várias mensagens de amigos do músicos e variados artistas de todo o país.

Várias figuras nacionais como Rui Veloso, José Cid, Vitorino, Rui Reininho, Sérgio Godinho, Paulo Gonzo, Mariza, Herman José, Ricardo Araújo Pereira ou Ivo Canela, celebraram a data nas redes sociais recordando histórias pessoais sob a hashtag #jorgepalma70voltasaosol e até o Presidente da República parabenizou Jorge Palma

Os filhos Vicente e Francisco interpretaram “Ao Meu Encontro na Estrada”, “Deixa-me Rir” e “O Meu Amor Existe”, temas originais do aniversariante.

 

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@vicentepalmaoficial e Francisco Palma #jorgepalma70voltasaosol #vicentepalma #franciscopalma

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A equipa técnica, de “estrada”, també se juntou para dar os seus parabéns a Jorge Palma, cada um das suas casas, com direito bolo de aniversário.

Jorge Palma é um dos poucos artistas portugueses que escreve, toca, compõe, canta, arranja e produz.

Tem uma longa carreira recheada de discos marcantes e canções que sabemos de cor, e que constituem capítulos relevantes da história da pop portuguesa. É um artista transversal e intemporal, um clássico, uma referência, uma instituição. Já podia ter nome de rua ou estátua na praça, mas garantidamente é um dos nomes de que todos,
unanimemente, nos orgulhamos por ser dos nossos.

Jorge Palma aprendeu piano no conservatório e tocou nas ruas e no metro. Foi ao Festival da Canção e fez o tema título da mítica série de televisão “Zé Gato”. Teve bandas como os Sindicato (com Rão Kyao, entre outros) ou o Palma’s Gang (supergrupo com Flak e Alex Cortez dos Rádio Macau e Zé Pedro e Kalú dos Xutos).

Cruzou-se com artistas tão diferentes como Amália Rodrigues, Tonicha, Censurados, Sérgio Godinho, Amélia Muge, José Barata Moura ou João Pedro Pais.

ESTREOU-SE NA VALENTIM DE CARVALHO A SOLO EM 1975 COM “COM UMA VIAGEM
NA PALMA DA MÃO”.

O disco composto em Copenhaga, enquanto exilado político. Um disco de libertação (ou não tivesse acontecido o 25 de Abril há poucos meses…), dores de crescimento e de procura de uma voz, já com os primeiros esboços daquilo que viria a ser a canção à Palma, povoada de histórias longas de poesia narrativa e sem espartilhos métricos. Uma busca extensível à música e aos arranjos, sob influências várias, do rock progressivo ao jazz, passando pelo musical e pela música psicadélica, com espaço para momentos mais intimistas ao piano.

EM 1977 EDITOU “TÉ JÁ”, FINALMENTE DISPONÍVEL NAS PLATAFORMAS
DIGITAIS.

Este, é um álbum mais consistente e de maior maturidade, a todos os níveis. As letras são mais ricas e complexas, mantendo a espontaneidade coloquial e o clima de contestação e reflexão, e as relações amorosas como mote mais recorrente. Na parte instrumental, permanece uma dose de risco e experimentação (com direito a deriva
jazzística instrumental) mas os arranjos e opções sonoras são mais fluídas e coesas, com a voz de Palma a emergir forte e segura na condução das canções. E a primeira grande pérola do cancioneiro de Jorge Palma, ainda que com roupagens a que estamos menos habituados, surge aqui, “Bairro do Amor”.