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Amigos e afilhados de Freddie Mercury recebem presentes póstumos do cantor

Mesmo 28 anos após a sua morte, o fundador e vocalista da banda britânica de rock Queen, ainda continua a surpreender.

Freddie Mercury consegue presentear todos os anos, por esta altura, os seus amigos mais próximos e afilhados, revelou o porta-voz da loja Fortnum & Mason, de Londres, em entrevista ao jornal MailOnline.

Freddie Mercury deixou no seu testamento um pedido, para que a loja londrina enviasse uma cesta de Natal todos os anos para uma lista de pessoas que inclui os seus afilhados e alguns amigos. A conta é paga pela herança do artista.

A estrela da música já em vida era conhecido como uma pessoa generosa, caraterística sublinhada num excerto do livro “Love Is the Cure: On Life, Loss, and the End of AIDS”, de Elton John.

Generoso como ninguém, ele realmente vivia para os outros. Freddie morreu no dia 24 de novembro de 1991, e semanas após o funeral, eu ainda estava de luto. No dia de Natal, descobri que Freddie me tinha deixado um testamento final do seu altruísmo. Eu estava deprimido quando um amigo chegou inesperadamente à minha porta e me entregou algo enrolado numa fronha. Eu abri e dentro havia uma pintura de um dos meus artistas favoritos, o pintor britânico Henry Scott Tuke. E havia um bilhete de Freddie. Mas antes tenho que explicar que alguns anos atrás Freddie e eu tínhamos criado apelidos um para o outro, o nosso alter-ego drag queen. Eu era Sharon, e ele era Melina. O seu bilhete dizia o seguinte: ‘Querida Sharon, achei que ias gostar disso. Com amor, Melina. Feliz Natal!

Eu estava com 44 anos na época, mas chorei como uma criança. Ali estava aquele homem bonito, morrendo de SIDA e, nos seus últimos dias, ele ainda arranjou uma forma de encontrar um lindo presente de Natal para um amigo. Tão triste quanto foi aquele momento, muitas vezes é o que penso quando me lembro de Freddie, porque capta o caráter do homem. Na morte, ele lembrou-me do que o fez tão especial em vida” recordou Elton John.

Freddie Mercury tornou-se célebre pelo seu poderoso tom de voz e os seus desempenhos energéticos e foi considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. Morreu no dia 24 de novembro de 1991, aos 45 anos, após uma batalha contra o vírus da SIDA. Assumiu oficialmente a doença no dia 23 de novembro, menos de 24 horas antes de falecer.