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Agir: “Tínhamos que casar senão a família não nos largava”

Bernardo Correia Ribeiro de Carvalho Costa foi presença notada no Portugal Fashion, evento de moda que decorreu no passado fim de semana, no Porto. O filho da atriz Helena Isabel e do músico Paulo de Carvalho surgiu acompanhado pela mulher que o fez ‘subir ao altar‘ e mostrou a sua faceta mais romântica e apaixonada.

Depois do casamento com Catarina Gama, o músico conhecido por Agir é, agora, um homem bem diferente. Enterrados no passado ficaram momentos de alguma dor e muita luta, sobretudo aquela que travou contra a dependência das drogas. Para a posteridade ficam as suas inúmeras tatuagens, que também foram motivo de conversa, bem como os seus projetos na música e a sua musa inspiradora.

Soube-se agora que também é um apaixonado pela moda, apesar da sua imagem distinta, por vezes considerada excêntrica, mas sempre muito singular. Sobre o facto mais relevante do seu passado recente, o casamento com Catarina Gama, teceu considerações bastante curiosas. Os filhos também estão nos planos, mas isso fica para mais tarde, conforme deixou claro na conversa possível que tivemos com ele.

– Agir, é bom vê-lo por aqui, no Portugal Fashion.
– Obrigado, nem eu sabia que vinha. Mas tudo o que seja um pretexto para ver a minha mulher arranjada eu alinho.

– Agora, cada vez mais, é tudo por ela.
– A minha mulher tinha aqui amigos a desfilar, também foi um bocadinho o que me trouxe cá… Isso e ver o desfile da Micaela Oliveira, que é sempre um prazer. Embora não seja hábito, gostei de ter vindo.

– Desconhecíamos esse seu interesse pela moda.
– Em casa gosto de ver moda, de saber o que se está a usar, o que se vai usar, mas assim num aglomerado de gente faz-me alguma confusão, mas venho na boa.

– Estranho. Para quem está tantas vezes à frente de um público…
– A cantar não me faz confusão nenhuma.

– Como explica que uma grande parte do seu público seja infantil ou juvenil?
– Normalmente isso com a idade passa-lhes, os pais que não se preocupem… (risos). Mas quando eu faço as músicas não o faço com esse intuito, agora a partir do momento em que elas saem ganham vida própria e são de quem se identificar com elas. Obviamente fico muito grato embora não tenha sido propositado, mas realmente não consigo explicar isso. Obviamente tenho esta imagem, estou tatuado da cabeça aos pés, mas eles não têm preconceito. Acho que o preconceito só vem com mais idade, eles simpatizam ou não e, se simpatizam, é de ficar contente e aproveitar.

– Estar livre a um sábado à noite, como hoje, é algo raro para si…
– Agora graças a Deus, eu obriguei-me um bocadinho a isso e é um bom sinal. É sinal que há trabalho.

– Mudando de assunto, como se sente no papel de homem casado?
– É igual a fazer anos. No dia dos anos é uma grande festa, mas no dia a seguir é tudo igual. Com o nosso casamento também, até porque já vivíamos juntos, mas tínhamos que casar senão a família não nos largava.

– A bem da relação, convém não arriscar… Conte como é que foi o grande dia? Arrisco o chavão: Foi o mais feliz da sua vida?
– Foi um dia especial. Sim, até ver… Ela tem-me dado vários dias mais felizes da minha vida, mas foi realmente um dia em que juntámos os amigos, a cerimónia foi simbólica porque o casamento oficial foi um dia antes, mas quisemos mesmo reunir pessoas que eu já não via há uma data de tempo e foi giro. Costumo dizer que o Natal é para as crianças e o casamento é um bocadinho mais para a mulher, para ela perder tempo com as amigas, para perceber o que vai decorar, usar, vestir… Eu, pronto, eu apareci. Espero não ter estragado o momento.

-Se lhe dissessem há um ano que ia subir ao altar vestido de noivo. Acreditava?
– O ano passado só não sabia que seria nesta altura, mas quando olhei para ela já tinha isso em mente, mas lá está… eu nunca pensei em casar nem acho que haja essa obrigação de chegar a uma certa idade e casar e ter filhos… Acho que o devem fazer quando encontram a pessoa que faz sentido, se nunca a encontrarem acho que não o devem fazer, só porque sim e eu realmente não costumo fazer as coisas só porque sim. Fez, realmente, todo o sentido.

– Essa sua faceta mais romântica e apaixonada vai refletir-se nas letras das próximas músicas?
– Será uma surpresa, ela já sabe, vai sair ainda este mês uma coisa engraçada, até porque nós não partilhamos muito o que foi o casamento, portanto aqui vai haver oportunidade de mostrar mais um bocadinho.

– Presumo que o filho será o passo seguinte…
– Eh pá… isso ainda vai ter de esperar. Primeiro ainda faltam coisas para fazer.

– A nível profissional?
– Estamos a fazer um álbum para sair para no ano que vem, assim sem datas, porque quando dizemos datas falhamos sempre, então é melhor não dizer, mas certamente para o primeiro trimestre.