Atualidade

Atenção aos donativos para Pedrógão Grande: Há burlas, avisa a Santa Casa

À medida que aumenta o número de vítimas (há 64 mortos e mais de 200 feridos), aumenta a solidariedade para com quem sofre e foi atingido pelo incêndio de Pedrógão Grande.

Entre donativos de anónimos e famosos, várias contas telefónicas abertas, diversos NIB’s que correm pelas redes sociais, também há quem se aproveite da situação.

É o caso de uma burla com o nome da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande. A instituição teve de recorrer esta quinta-feira ao seu Facebook para emitir um esclarecimento a dar conta das “informações falsas” que estão a circular relativas a donativos monetários e à doação de bens, sugerindo que quem quiser ajudar contacte diretamente a instituição.

“Uma vez que estão a circular informações falsas acerca da nossa disponibilidade para aceitar bens e voluntários, vimos por este meio esclarecer que a Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande continua a aceitar toda a ajuda possível”, lê-se no esclarecimento.

Contudo, existem “pessoas fazendo-se passar por funcionários da instituição, aceitando bens, bens esses que não” estão a chegar à Santa Casa, realça, pedindo aos interessados em ajudar que entreguem os bens a “colaboradoras devidamente identificadas”, isto é, com farda ou que circulam na carrinha desta entidade.

“Sabemos também que estão a circular alguns NIB’s [números de identificação bancária] falsos para donativos monetários com destino à Santa Casa”, aponta, solicitando, mais uma vez, que se entre em contacto direto com os serviços.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, foi dado como dominado na tarde de quarta-feira, mas alastrou-se a outros distritos. No total terá consumido cerca de 30 mil hectares de floresta, além das várias vidas que ceifou.

Segundo o IPMA, o fogo terá tido origem num fenómeno climatérico, confundido com um tornado, chamado de “downburst”. A Polícia Judiciária tinha avançado que a causa foi natural. Já Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, considera que terá havido mão criminosa, sendo que a PJ quer agora ouvi-lo.