Saúde & bem-estar

SNS mais digital: Saiba o que vai mudar

Os boletins de vacinas vão passar a ser digitais para a globalidade da população até ao fim do ano, permitindo o registo eletrónico e possibilitando a qualquer médico aceder à vacinação de um utente em todo o Serviço Nacional de Saúde. Os exames médicos deixam de ser em papel e as credenciais podem ser pedidas por telefone.

Estas são apenas algumas das novidades que serão abordadas no Portugal eHealth Summit, que decorre entre hoje, 4 de abril, e quinta-feira em Lisboa e contará com a participação de mais de 8 mil pessoas, segundo estimativas dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

Segundo o presidente dos SPMS, o boletim digital de vacinas vai permitir que qualquer médico ou enfermeiro possa aceder a essa informação dos utentes em qualquer unidade de saúde. Os utentes também podem aceder às suas vacinas através da área do cidadão do portal do SNS.

Outra vantagem, segundo Henrique Martins, é a de possibilitar que o utente faça a sua vacina em qualquer centro de saúde do país. O registo vacinal digital já está a ser aplicado a cerca de 100 mil doentes portugueses, numa experiência no Litoral Alentejano. A ideia da SPMS é abranger todo o território até final do ano.

Na Portugal eHealth Summit, os SPMS vão abordar ainda outros projetos, como os exames médicos sem papel. O objetivo é que no segundo semestre os médicos de família já possam receber por via eletrónica os resultados das análises laboratoriais prescritas ao doente e feitas em entidades convencionadas.

Outro dos projetos é a progressiva substituição e modernização do software dos centros de saúde.

Uma das ideias centrais do Portugal eHealth Summit é reunir todos os agentes interessados no “uso do digital para transformar a saúde”, sejam utentes, profissionais de saúde, empresários, autarquias ou organismos públicos.

Durante três dias, esta iniciativa vai reunir especialistas nacionais e internacionais, envolvendo a academia, empresas empreendedoras, ‘startups’, ordens profissionais, sociedades científicas, associações de doentes, outras entidades da administração pública e representantes da área da investigação e financiamento em saúde.