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Carlos Gil: a prova de que a interioridade não é limite para a criação

A paixão com que fala do que faz conquista tanto como as criações que leva à passerelle. Cada vez mais cosmopolita, Carlos Gil somou elogios na última edição do Portugal Fashion com “Magic Tale”, uma coleção que buscou ideias da infância para mulheres urbanas e com muita personalidade.

Cores alegres e muito vivas, a par de padrões naïf, prometem quebrar a monotonia dos dias cinzentos e frios no próximo outono/inverno. O criador recuperou a geometria dos cubos mágicos em estampagens divertidas, enquanto o lado pueril desenhou tartarugas e pinguins em algumas peças.

Tudo no sítio, tudo ao pormenor como Carlos Gil tanto aprecia. As bainhas arrastarem no chão, os forros dos casacos a condizer com as camisas, marcaram propostas que seduziram todas as mulheres sentadas na plateia da Alfândega do Porto.

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“Gosto que as minhas peças sejam tão bonitas por dentro como por fora, quase como as pessoas devem ser. Quando conhecemos alguém – mesmo que seja muito bonito por fora -, queremos que seja bonito no seu íntimo e com a minha roupa acontece isso”, explicou o estilista, provando a exigência do seu trabalho.

Calças largas, grandes casacos com bolsos também enormes e pelos, surgem como resumo de sugestões bastante internacionais, concretizando o desejo de o designer ultrapassar barreiras.

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Carlos Gil sente-se “cada vez mais do mundo e apostado na internacionalização”, daí a aposta na diferença num processo criativo com base no Fundão, mas claramente global e capaz de chegar a qualquer ponto do Globo, como também já mostrou em Milão em três épocas consecutivas.

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