Atualidade

Iñaki Urdangarin “preso” num duplex de luxo

O cunhado do rei de Espanha foi condenado pelo tribunal de Palma de Maiorca a seis anos e três meses de prisão por crimes de fraude fiscal, desvio de capitais e tráfico de influência.

O Ministério Público espanhol pediu uma fiança de 200 mil euros para Iñaki Urdangarin evitar a pena de prisão, mas o tribunal rejeitou o pedido. O marido da infanta Cristina ficou assim em liberdade e não terá de pagar fiança, desde que se apresente periodicamente a um juiz do seu país de residência, a Suíça, no primeiro dia de cada mês.

Portanto a sua “prisão” passou para um duplex de luxo em Genebra, enquanto não chega a decisão do Supremo Tribunal (o prazo de entrega do pedido de recurso da defesa é até ao final deste mês de fevereiro, portanto até haver sentença ainda demora).

O antigo andebolista, de 49 anos, voltou para casa, juntamente com a mulher, de 51 anos, e os quatro filhos, o que invalida – para já – a mudança da família para Portugal. Uma casa pouco modesta: duplex de 12 divisões numa das zonas com mais história da cidade suíça.

O edifício é histórico, com três séculos de existência, com um jardim nas traseiras, sendo que para entrar há que passar por uma enorme e pesada porta de madeira, que ficou famosa pelas televisões, em busca de uma reação do casal real.

Infanta Cristina e Iñaki Urdangarin

O lar dos Undangarin fica a menos de cinco minutos de quatro galerias de arte (La Cave, Interart, Grand Rue e Wolen White), dois museus (Tatiana Zoubov e Ancien Arsenal) e um teatro (Poche). Ali perto fica também uma pizzaria, onde a família costuma jantar.

Iñaki dedica-se à vida doméstica, levando os quatro filhos, Juan, Pablo, Miguel e Irene, à escola, enquanto a mulher trabalha na Fundação Aga Khan. Também é ele que cozinha, e dizem os amigos na imprensa espanhola, que o faz muitíssimo bem, sendo o peixe a sua especialidade. De resto continua a dedicar-se ao desporto, de forma mais lúdica, correndo e andando de bicicleta. Se bem que no ano passado correu a Meia Maratona de Genebra.

A investigação do caso Nóos começou em 2006, quando o jornal ‘El Mundo’ denunciou um pagamento feito ao Instituto Nóos, uma fundação dedicada ao desporto e sem fins lucrativos com sede em Palma de Maiorca, fundada e presidida por Iñaki Urdangarin entre 2004 e 2006. Só em 2011 teria início a investigação oficial e a acusação foi formalizada em 2014. O casal foi acusado de fraude fiscal e de branqueamento de capital. Ele foi condenado, ela absolvida.