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Personagem de banda desenhada é embaixadora da ONU para as mulheres

Tem uma idade de respeito – cumpre este ano 75 primaveras – mas continua bem ativa. Falamos da Mulher Maravilha, a personagem de banda desenhada (BD) criada pela DC Comics, que foi escolhida a embaixadora honorária da ONU para o empoderamento das mulheres e das raparigas.

A revelação foi feita esta sexta-feira numa cerimónia que decorreu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e que contou com a presença das duas mulheres reais que encarnaram a personagem: Lynda Carter, na série de televisão na década de 70, e mais recentemente Gal Gadot, no cinema.

Tudo se parece conjugar: o 75º aniversário da primeira aparição da Mulher Maravilha nas tiras de BD, o filme da Warner Brothers que está a ser preparado para 2017 e o facto de ter sido escolhida pelas Nações Unidas por ser “símbolo da paz, justiça e igualdade”.

Mas a nomeação não agradou algumas organizações feministas e até membros da ONU, que viraram as costas durante a cerimónia. Alegam que há muitas mulheres reais que podiam ter sido escolhidas, em vez de uma personagem de ficção.

Houve até quem criasse uma página na internet a mostrar o seu desagrado, argumentando que a Mulher Maravilha (‘Wonder Woman’, no nome original) é demasiado sexualizada e ligada aos EUA (por vestir as cores da bandeira).

Polémicas à parte, a Wonder Woman, que quando não é uma heroína com super poderes para espalhar a paz e a justiça, chama-se Diana Prince, é já embaixadora da ONU. A partir de ontem e durante o próximo ano.

O que até vai de encontro ao pretendido pelo novo secretário-geral. António Guterres já tinha dito que ia dar mais destaque às mulheres e às questões da igualdade de género.

Esta nomeação das Nações Unidas não é inédita. A fada Sininho foi a embaixadora honorária para as questões ecológicas, Winnie the Pooh para a amizade e Angry Birds para os assuntos climáticos.

Veja aqui as diferentes imagens que a Mulher Maravilha já teve e assista à sua versão no cinema: