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Morte de deputada britânica coloca permanência de Inglaterra na UE em vantagem

As primeiras pesquisas divulgadas após o assassinato da deputada trabalhista britânica, Jo Cox, pelo nacionalista de extrema-direita, Thomas Mair, mostram uma pequena vantagem da permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).

Agora, a dois dias do referendo (que acontece a 23 de junho), a mais recente sondagem do instituto Survation aponta a “permanência” com 45% das intenções de voto, contra 42% dos favoráveis à “saída”.

A última pesquisa do centro de sondagens, divulgada em 15 de junho, um dia antes do assassinato de Cox, mostrava resultados entre de 45% a 42% para os partidários do Brexit (neologismo formado pelas palavras “Britain exit”, ou saída britânica).

Já um levantamento do Yougov publicado neste domingo dá 44% a 43% para a “permanência”, sendo que há três dias os pró-UE perdiam por 42% a 44%.

Até a morte de Cox, uma firme defensora da permanência do país na União Europeia, os partidários do rompimento com Bruxelas pareciam muito mais mobilizados para o referendo, principalmente por conseguir manter o tema da imigração no centro do debate, deixando de lado os riscos financeiros do Brexit.

No entanto, o crime que chocou o Reino Unido pode ter invertido o cenário, ainda mais depois das primeiras palavras de Mair à justiça: “Morte aos traidores, Grã-Bretanha livre!”.

O assassino da deputada – que já foi formalmente acusado de homicídio e posse ilegal de arma de forgo – tem ligação com movimentos de extrema-direita e um histórico de doença mental.

Entretanto, o primeiro-ministro escocês, Nicola Sturgeon, já admitiu a possibilidade de um novo referendo sobre a independência caso o ‘Brexit’ vença e haja uma divergência de votos entre Escócia e Inglaterra.