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Tragédia de Caxias: Pai das crianças defende-se de acusações

O pai das duas crianças que caíram ao rio Tejo numa praia em Caxias (tendo uma morrido e outra ficado desaparecida) voltou a defender-se das acusações que lhe foram feitas, numa entrevista ao “Sexta às 9”, da RTP. Nélson Ramos nega as acusações de ter abusado das filhas e de ter exercido violência doméstica sobre Sónia Lima. “Houve situações com violência verbal, havia violência física que partia sempre dela. Praticamente sempre à frente das crianças”, contou.

Sobre as acusações de abuso sexual das crianças, Nélson afirmou que o primeiro momento em que foi confrontado com essa situação “foi no momento de rutura, da separação, que foi um momento muito conturbado”. “Sempre fui um pai presente, atento, cuidadoso. Mesmo separado era o que eu queria fazer”, assegurou Nélson, acrescentando que nunca perdoará Sónia pelo que fez.

Sónia Lima chegou a levar a filha mais velha, Samira, de quatro anos, ao hospital Amadora-Sintra e pediu um exame que descartasse um eventual abuso sexual. A perícia médica concluiu que não existia evidência de abusos sexuais, conforme avançou a RTP. A mãe das crianças deslocou-se dias depois ao hospital Dona Estefânia, para pedir novo exame.

“Ela tinha cuidados extremos com as meninas, era muito cuidadosa com elas. Ao ponto de exagerar muitas vezes, de eu não lhes poder tocar, de eu não poder fazer certas tarefas para ajudar”, afirmou Nélson Ramos.

O pai das meninas revelou ainda que o próprio pai de Sónia estava preocupado com o estado mental da sua filha, antes de acontecer a tragédia chegaram até a falar ao telefone: “Foram uns 3 ou 4 telefonemas naquele tempo (…). Estava preocupado porque ela não vinha e estava preocupado com as meninas (num telefonema). Noutro telefonema começa-me, já preocupado, a dizer: ‘Ela não está bem, ela não come, ela está com problemas, não sei se ela se quer matar e eu estou preocupado com as meninas, porque ela deixou os medicamentos da Viviane (que estava doente) em casa”.