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Funeral de Paulo Cunha e Silva honrou a sua personalidade

Personalidades de todos os quadrantes da sociedade portuguesa reuniram-se esta quinta-feira, dia 12, no último adeus ao homem que nos últimos anos marcou pela positiva o panorama cultural da Invicta e do país.

O corpo do vereador Paulo Cunha e Silva foi velado no teatro Rivoli, desde ontem – sendo que a sala de espetáculos não fechou durante a noite – até ao início da tarde de hoje.

Um dos momentos mais emotivos foi protagonizado por Pedro Abrunhosa. O cantor subiu ao palco onde estava instalada a urna em câmara ardente, e tocou duas músicas ao piano, emocionando todas as pessoas que enchiam o auditório Manoel de Oliveira.

O cortejo fúnebre começou cinco minutos depois da hora prevista, às 14h05, e seguiu em direcção à igreja da Lapa.

À saída do caixão  – coberto com a bandeira da cidade Invicta – ouviram-se aplausos em homenagem ao homem que mudou a cultura do Porto. O presidente da câmara Rui Moreira, que já anunciou que irá assumir o pelouro da cultura, saiu de braço dado com a mãe de Paulo Cunha e Silva, Elisa, e pegou no caixão na derradeira despedida daquele que foi até anteontem o seu braço direito. O corpo do vereador foi cremado no cemitério da Lapa.

O nome do vereador portuense será sempre indissociável da história da cultura da cidade. Licenciado em Medicina, Cunha e Silva era mestre e doutor na Universidade Porto, onde foi professor de Anatomia. Mais recentemente, lecionava também Pensamento Contemporâneo na Faculdade de Desporto daquela instituição. Foi um dos principais rostos da programação do Porto 2001, tendo sido eleito para vereador da Cultura da Câmara Municipal da cidade nas eleições autárquicas de 2013. Além disso, era presidente da Comissão de Cultura do Comité Olímpico Português e colaborava com a Fundação Gulbenkian e a Fundação Serralves há vários anos.

Fotos: José Gageiro