Off the record

Isabel Silva: uma comunicadora nata com pronúncia

Foi em 2011 que Isabel Silva começou a trabalhar na TVI como repórter do programa das manhãs “Você na TV” e não levou muito a chamar a atenção, sendo atualmente uma das personalidades mais acarinhadas do pequeno ecrã. Orgulhosa, não esconde a alegria por estar a concretizar o seu sonho: trabalhar no entretenimento.

“Estou muito feliz com o meu percurso, só tenho que agradecer à TVI que foi uma estação que me acolheu muito bem e sempre acreditou no meu trabalho. Gosto muito do que faço e gosto de fazer as coisas bem feitas. Sou muito perfecionista. A TVI é a minha casa e reconhece o meu trabalho, isso nota-se nos projetos que me tem dado ao longo do tempo”, contou com entusiasmo à Move Notícias.

Apesar de já ter sido noticiado que Belinha, como é carinhosamente tratada, vai assumir a condução dos diários do próximo reality show de Queluz de Baixo, “A Quinta”, a apresentadora diz ainda não saber o que lhe reserva o futuro sendo que, para já mantém-se como um dos rostos do “Somos Portugal” nas tardes de domingo. “Só quero continuar a fazer o meu trabalho para surgirem mais e mais projetos”, frisou.

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Aprender com os melhores
Conhecida pela sua espontaneidade e naturalidade, a estrela televisiva confessou que trabalha para ir de encontro ao que o público gosta de ver e inspira-se em grandes profissionais da televisão como Manuel Luís Goucha, Fátima Lopes, Cristina Ferreira ou Teresa Guilherme, para continuar a aprender e evoluir: “Com eles aprendo muito, quer seja em casa a vê-los ou a trabalhar diretamente com eles. Eles têm uma coisa de que eu gosto muito que é a espontaneidade, deitar cá para fora aquilo que estamos a sentir. Se temos vontade de rir, rimos, se tivermos vontade de chorar, choramos… Por isso é que gosto tanto de entretenimento, porque podemos mostrar emoções”. Porém, para além do trabalho que é exigido a um repórter, Isabel Silva diz que o talento tem que nascer com a pessoa. “A minha base de trabalho é a minha naturalidade e é dessa forma que quero tocar o público”, referiu.

Isabel Silva também se destaca pela pronúncia muito especial e acentuada. Natural de Santa Maria de Lamas, Santa Maria da Feira, para onde viaja “pelo menos uma vez por mês” para visitar a família, a comunicadora garantiu que nunca perderá o sotaque do norte: “Nunca vou perder a pronúncia, estou há 11 anos em Lisboa e é normal que já não diga determinadas expressões. Mas nunca fiz esforço para a perder e nunca me pediram. Isso acabou por ser uma mais-valia e fiquei feliz por as pessoas gostarem. O importante é falarmos bom português”.

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Alegre e positiva
Bem-disposta por natureza, afirmou ainda que possui um “espírito positivo”: “Isso tem a ver com o estilo de vida que tenho, gosto de fazer desporto e tenho uma alimentação saudável, isso contribui quase a 100% para eu estar bem”.

No entanto, assumiu-se como “uma mulher do Norte com pêlo na venta” e que quando lhe tocam “nos calos” não deixa “nada por dizer”. “Sou uma pessoa educada, mas sou frontal, porque quando é ao contrário também gosto que façam isso comigo. Sou bem resolvida e isso transmite-se no trabalho, claro que todos nós temos os nossos momentos. Quando isso acontece não podemos mostrar esse lado, mas é muito raro isso acontecer”, sublinhou.

Lidar com a fama
A par do sucesso que alcançou na televisão, Isabel Silva tem de lidar com os consequentes efeitos do mediatismo. “Tenho uma forma tranquila de lidar com o lado mediático, sei separar bem as coisas”, disse, consciente que a profissão implica estar mais exposta publicamente. “Acima de tudo temos sempre que nos lembrar que o nosso sucesso está ligado com o público. Nós crescemos, profissionalmente porque as pessoas gostam de nós. Quando alguém me aborda fico muito contente, gosto sempre de falar com as pessoas. A empatia com o público é fundamental”, opinou.

Porém, sabe que a fama é uma faca de dois gumes e tem aspetos negativos, embora não esconda que desgosta desse lado, assegura viver bem com ele. “Tenho uma máxima: ‘A palavras loucas, orelhas moucas’. Por isso, não fico triste quando vejo algumas histórias menos positivas. Só gosto de me centrar naquilo que me faz bem”, avisou.

E é com esta atitude que promete continuar a conquistar o público e o seu lugar na indústria do entretenimento em Portugal, misturando gargalhadas com frases que denunciam a origem da terra da cortiça.

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Fotos: Move Noticias