Atualidade

Ângelo Rodrigues – Repleto de humor e de certezas

Ângelo Rodrigues já brinca com a situação frágil que acaba de viver e que o levou aos cuidados intensivos do Hospital de São José, em Lisboa, onde esteve em coma induzido, após uma “mistura infeliz de substâncias psicoativas“. Segundo a TV Guia, “o estado do Ângelo era perturbador. Não reagia”. Foram encontradas (no quarto do hotel) várias garrafas de álcool vazias, diferentes tipos de drogas e ainda um conhecido medicamento para a disfunção erétil“, a alegada mistura explosiva que tomou e o levou ao hospital.

O ator de 37 anos não demorou a “expor a sua narrativa sem os filtros dos tabloides” no podcast “Ar Livre”, de Salvador Martinha, que intitulou a conversa de “A terceira temporada da vida de Ângelo Rodrigues“, numa alusão às situações limite que o ator tem provocado em si próprio e às oportunidades que a vida lhe tem dado.

Durante a conversa de 1h e 20, Salvador Martinha parecia fascinado pelas novelas da vida real do colega, que entrou de maca no estúdio, ridicularizando a situação que viveu há uma semana e em 2019, quando também passou pelo coma induzido devido às suas escolhas.

Essa sim, foi a “entrevista” , pois ambos mostraram desprezo por determinada comunicação social, a cor-de-rosa, à qual apenas recorrem como estratégia sempre que precisam de se promover.

Se já passei por duas vezes por este processo e se estou aqui a falar contigo uma semana depois de sair do hospital, estou rijo, pá. Sinto-me fisicamente bem, moralmente forte, blindado, até porque já passei por este processo uma vez“, respondeu Ângelo quando Salvador Martinha lhe pergunta se está bem.

Como foi o acordar?“.

Tinha o meu irmão e um amigo ao meu lado. A equipa médica fez-me algumas perguntas: o meu nome, em que mês estamos… E puseram-me de pé para ver se conseguia andar. Ainda estava muito tonto e não consegui sozinho. Também me esquecia de várias palavras nos primeiros dias“, respondeu o ator que adiantou apenas sentir “um gosto diferente da comida porque sente (a zona da garganta) toda queimada“.

Não quero induzir em erro, ainda estou a tentar perceber, mas acho que há uma escala de 1 a 15, em que 15 é um coma leve e 1 é a morte, eu estive num coma de nível 3“, explicou Ângelo Rodrigues sobre o coma induzido a que foi preciso ser submetido.

Sobre as notícias que saíram, assegurou que só leu “tudo depois e percebi que juntaram 48 horas em 24. Estive com quatro amigos num dia, e com uma pessoa num hotel, no outro. Juntaram tudo e foi uma orgia com cinco pessoas. Não foi“, sublinhou, sem explicar realmente como foi.

Mas o hospital de São José não divulgou nada. As pessoas ainda acham que eu estou no hospital e estou cá fora há uma semana“, referiu orgulhoso da sua façanha e de como se protegeu do “circo mediático“.

Grave foi ter preocupado “toda a gente“, que é como quem diz: “A minha mãe e a minha irmã vieram da Tailândia nesse dia. Depois de 17 horas de viagem, chegaram ao Porto e vieram logo para Lisboa. Não queria ter preocupado a minha família e os meus amigos“.

Se pudesse, agora desaparecia quatro ou cinco meses, voltava só para trabalhar ou assim ou fazia mais uma viagem, só que tenho de dar o peito às balas. Tenho de assumir“, confidenciou o ator, prevendo-se que faça render a situação em documentários na SIC.

Embora tenha prometido que vai “fazer terapia“, Ângelo Rodrigues parece ter regressado de umas féria paradisíacas, cheio de energia, de certezas e de lições para dar e vender.

Perguntamos: Será isto é “uma vontade enorme de viver”? Assista à entrevista: