Saúde & bem-estar

Seguro de Saúde e a Covid-19

A pandemia do Covid-19 veio realçar a importância dos seguros de saúde como um complemento importante ao serviço nacional de saúde, e isso refletiu-se vivamente num aumento de vendas em níveis muito superiores aos verificados antes da pandemia.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) indica que existem atualmente cerca de 3,3 milhões de pessoas abrangidas por seguros de saúde, um número bastante acima dos 2,2 milhões de pessoas que se verificava antes do início da pandemia. Ou seja, atualmente cerca de 1/3 dos residentes em Portugal tem seguro de saúde.

A facilidade com que hoje em dia se contrata um seguro de saúde sem necessidade de recorrer a balcões físicos, ajuda bastante a agilizar o processo. Podemos, por exemplo, entrar em contato com Medis com toda a facilidade ou com qualquer outra seguradora através de contactos disponíveis, por norma, 24 horas por dia.

Apesar de já antes da pandemia se notar um crescimento do número de portugueses que subscreviam um seguro de saúde, a pandemia veio acentuar ainda mais esse crescimento, com cada vez mais portugueses a se preocuparem com esse tema, muito devido a receios de falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde e aos tempos de espera dos hospitais públicos.

De acordo com a Associação Portuguesa de Seguradores, esta subida deve-se à eficácia da capacidade de resposta do setor privado, num momento em que, devido ao Covid-19, o Serviço Nacional de Saúde se focava no combate à pandemia.

Segundo a Insurance Europe – a federação europeia de seguradores na qual a APS é membro -, não foi só em Portugal, mas também em toda a Europa que o volume total de prémios em 2021 sofreu um acentuado acréscimo relativamente a 2019, o ano pré-pandemia. Dados estatísticos preliminares da Insurance Europe, referentes a 2021, preveem a continuação desse crescimento em muitos países da Europa.

Subida dos preços dos seguros de saúde

A par com o aumento do volume de vendas de seguros de saúde, está o aumento dos prémios. Portugal posiciona-se como o 7º mercado europeu no quadro de aumentos de prémios de seguros de saúde, e um dos motivos que tem levado a esses aumentos, deve-se aos crescentes custos dos serviços médicos.

Também a inflação é apontada como fator influenciador do aumento dos prémios, já que implica custos de sinistros mais elevados. O aumento dos custos com os tratamentos tem sido influenciado pela intervenção médica tardia em alguns casos. A pandemia fez com que muitas consultas fossem adiadas, levando ao agravamento de muitas doenças e, como tal, ao encarecimento dos tratamentos.

O aumento do salário mínimo também é apontado como um fator que veio afetar o aumento dos custos dos seguros de saúde. Isto porque muitos dos funcionários dos hospitais têm os seus ordenados indexados ao salário mínimo nacional, cujo aumento implica mais custos para os hospitais privados.

Cada vez mais consumidores portugueses veem os seguros de saúde como um importante complemento ao SNS. A pandemia teve, sem dúvida, um enorme impacto na consciencialização da necessidade de nos protegermos face a imprevistos, levando a uma procura crescente por seguros de saúde.