Saúde & bem-estar

Deixar de comer carne evita um terço das mortes prematuras

As estimativas variam entre os países, mas cerca de 30 milhões de mortes por ano em todo o mundo são classificadas como “evitáveis”, ou seja, as que são causadas por problemas que dá para prevenir, como obesidade, tabagismo e uma alimentação inadequada.

E agora um estudo vem mostrar que deixar de comer carne evitaria até 33% das mortes prematuras. Ou seja, um terço dessas mortes poderiam ser evitadas se as pessoas passassem a seguir uma dieta vegetariana, referem os cálculos de cientistas da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

A dieta vegetariana, no caso, poderia evitar até 10 milhões dessas mortes.

“Acabamos de fazer alguns cálculos olhando para a questão de quanto poderíamos reduzir a mortalidade mudando para uma dieta saudável, mais baseada em vegetais, não necessariamente vegana, e as nossas estimativas são de que cerca de um terço das mortes poderiam ser evitadas”, disse Walter Willett, um dos pesquisadores.

A explicação seria que uma dieta mais saudável teria um efeito indireto sobre quase todos os outros aspectos da saúde do corpo.

Os nutrientes provenientes de alimentos diversos e saudáveis reduzem a pressão arterial, o risco de ataque cardíaco e baixam o IMC (índice de massa corporal). Ao mesmo tempo, estudos mostraram que comer certas carnes vermelhas aumenta o risco de cancro.

Segundo os cientistas, os vegetarianos, no entanto, precisam ser cuidadosos com o que comem -especialmente para garantir que consumam as quantidades ideais de proteína, cálcio, ferro e vitamina B12, normalmente fornecidos por carnes.

Por esse motivo, nem todos os indivíduos teriam facilidade de atingir uma dieta vegetariana “perfeita”.

O que a pesquisa sugere é que cortar a carne pode ser melhor do que imaginávamos. Pelo menos em termos de evitar uma morte prematura.

“Acho que as pessoas imaginam que uma dieta saudável tem apenas um efeito modesto e uma dieta vegetariana pode ajudá-lo a perder um pouco de peso”, disse Neal Barnard, presidente do Comité de Médicos da universidade, ao ‘The Telegraph’. “Mas quando essas dietas são construídas corretamente, acho que elas são extremamente poderosas.”

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