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O que une Hefner, Assange, Putin e Weinstein? Pamela Anderson esclarece

A ‘C.J. Parker’ de ‘Marés Vivas’ tem 50 anos e uma história de vida que merece ser contada.

Tanto é que Pamela Anderson fez isso mesmo numa entrevista ao britânico Piers Morgan no talk show ‘Piers Morgan’s Life Stories’, que será exibido pela CNN este sábado.

E há referência a nomes poderosos bem conhecidos e distintos entre si.

Comecemos por Hugh Hefner. O fundador da Playboy morreu no ano passado, mas Pamela não se esquece dele. Além de ter passado pela mansão das coelhinhas nos anos 80, continuava a manter uma relação de amizade com Hefner.

E foi com ele que teve a sua experiência “mais selvagem”.

“Eu estava numa cama, com sete modelos nuas que me queriam ver a ter relações sexuais com Hugh Hefner. E foi tudo culpa minha, eu estava no piso térreo e vi que todas estavam a correr para o andar de cima. Fiquei curiosa e segui-as”, disse, com raiva.

Depois, mais séria, avisou:” Não acho que alguém deva fazer nada que não deseje fazer. Eu não queria participar numa orgia, então saí”.

Quanto a Hefner em si, diz que respeitava a vontade das meninas que moravam com ele na mansão.

“Ele era um pioneiro, um cavalheiro e encantador. Adorava as mulheres e dava-lhes poder”, contou. “O Hugh sofreu muito no final da sua vida. Era muito difícil vê-lo assim, porque era muito importante para mim”.

Na entrevista, Anderson fala pela primeira vez do assédio sexual que sofreu enquanto atriz.

“Eles convidavam-me para os quartos do hotel para fazer ‘audições’ e diziam-me que, se eu não subisse, eles dariam o papel a qualquer outra rapariga”, disse a loira.

Nesses momentos, Pamela encontrou o seu melhor aliado em Hugh Hefner. “Consultava todas as propostas indecentes que me chegavam e ficava doente. Não queria que os homens me tratassem assim”.

Falando em homens que tratam assim as mulheres, Harvey Weinstein também foi mencionado na conversa.

Embora diga que, consigo, o produtor nunca teve um comportamento “sexualmente inapropriado”, “sim, era ameaçador”.

“Eu parei de trabalhar em Hollywood porque tive a coragem de o parar. E porque Hugh ligou-lhe para deixar as coisas bem claras”.

A atriz e ativista também falou dos seus encontros com Sylvester Stallone, que a terá tentado presentear com um apartamento e um carro.

No entanto, a modelo disse que o acordo significaria estar num relacionamento aberto com outras mulheres, o que rejeitou.

Já sem confirmar taxativamente uma relação amorosa, Anderson falou de Julian Assange. O mesmo que tem visitado na Embaixada do Equador em Londres e por quem pede a libertação.

Visita constante na embaixada, Pamela comentou apenas na entrevista: “Ele é um prisioneiro. E é difícil ter um relacionamento. Somos muito bons amigos, quero falar sobre o assunto, mas quero deixar claro que o adoro”.

Free Julian Assange

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E até Vladimir Putin foi chamado para a conversa. A canadiana e o presidente russo conheceram-se em 2009 por causa da campanha que aquela fez contra a caça à foca.

Putin queria conhecer a ativista e acabou por convidar Anderson para a tomada de posse em 2012, embora aquela tenha rejeitado o convite.

Questionada por Piers sobre um possível “caso” com Putin, Pamela disse apenas que “tem um relacionamento maravilhoso com a Rússia”.

A atriz esteve casada quatro vezes, duas delas com Rick Salomon e as outras com Kid Rock e Tommy Lee. Atualmente namora com o jogador do Marselha, Adil Rami, com quem vive, fora de Los Angeles (sua morada habitual).

“É ótimo, adoro-o. Ele não gosta que fale sobre ele, mas não posso evitá-lo”, finalizou.

Imagens: Instagram e Youtube