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Família explica magreza extrema de Audrey Hepburn

Durante toda a sua idade adulta, o peso da atriz da Era de Ouro de Hollywood – que media 1,70 metros de altura – rondou os 49 quilos.

“Aa pessoas pensam que ela muito magra porque tinha um distúrbio alimentar, mas não é verdade”, contou o filho Luca Dotti numa recente entrevista à revista ‘People’.

“Ela adorava comida italiana e massa. Ela comia muito grão, não muita carne e um pouco de tudo”, continuou o filho, fruto do segundo casamento de Audrey Hepburn com o italiano Andrea Dotti.

Então qual a razão para a magreza? Pelos vistos a atriz, que nasceu na Bélgica mas vivia na Holanda, quase morreu de fome durante a Segunda Guerra Mundial.

Na altura tinha 11 anos e a Alemanha ocupou a Holanda. “No final da guerra, ela estava perto da morte. Sobreviveu comendo urtigas e bulbos de tulipas, e água para encher o estômago. Naquela época, ela era uma adolescente de cerca de 1,67 metros. Pesava 39 quilos. Tinha icterícia e edema. Anemia teve toda a sua vida, provavelmente como consequência daquela alimentação”, assegurou o filho mais novo, lembrando depois Anne Frank, criança judia e holandesa que morreu no Holocausto depois de anos escondida em casa.

“Ela tinha a mesma idade que Anan Frank e mais tarde chegou a dizer emocionada: ‘Aquela foi a rapariga que não sobreviveu e eu consegui'”, recordou.

Audrey sobreviveu à 2ª Grande Guerra mas mantinha uma vida saudável, sem excessos. “Andávamos imenso. Ela tinha um metabolismo saudável, mas não era excessiva. Ela nunca disse: ‘Tenho de andar hoje’. Nem fazia dieta”, contou Robert Wolders, seu namorado desde a década de 80 até à morte da atriz.

Audrey gostava de pão com compota, massa, chocolate e uísque escocês.

Esta entrevista foi feita porque Luca Dotti e Sean Ferrer, filho mais velho de Hepburn, vão organizar um novo leilão, que terá lugar a 27 de setembro em Londres, e onde serão vendidos alguns vestidos e objetos pessoais da atriz.

O filho Luca já tinha partilhado, numa entrevista antiga, alguns truques de beleza da mãe: beber muita água; comer muitos vegetais e produtos da estação; deixar as receitas mais complicadas à medida que ia envelhecendo: fazer um detox uma vez por mês (sendo que isso incluía comer muita fruta, vegetais e iogurte); e sobretudo manter uma atitude positiva perante a vida.

A intérprete de ‘Breakfast at Tiffany’s’ morreu aos 63 anos de cancro do cólon quando estava na sua casa de Tolochenaz, na Suíça, em janeiro de 1993.

Era o seu desejo final: estar naquela casa e ser sepultada na Suíça. Tanto que quando recebeu o diagnóstico médico que só lhe dava três meses de vida, Audrey quis sair logo de Los Angeles para Tolochenaz, onde queria ir passar o seu último Natal.

No entanto, como estava debilitada fisicamente e a viagem era um passo arriscado para a sua saúde frágil, foi ajudada por dois amigos, entre os quais o estilista Hubert de Givenchy, atualmente com 90 anos.

O designer – que descreveu a amizade de décadas com Hepburn como “um tipo de casamento” – e Rachel ‘Bunny’ Lambert Mellon arranjaram um avião privado para transportar, de forma cuidadosa, a atriz.

“Ela estava desesperada por voltar à Suíça. Provavelmente teria sucumbido durante o voo, por isso fomos num jato privado, possível devido a Hubert de Givenchy e à sua amiga ‘Bunny’ Mellon, e os pilotos desceram cuidadosamente para reduzir a pressão lentamente. Ela estava basicamente em suporte de vida”, adiantou Robert Wolders.

Uma vez na Suíça, a atriz – uma da lista restrita de 12 atores na história a conquistar um Óscar, Grammy, Emmy e Tony – passou “o melhor Natal da sua vida”.