Saúde & bem-estar

Doenças respiratórias matam mais no frio

O inverno é uma estação do ano temida pelos doentes respiratórios crónicos.

O tempo mais frio e húmido aumenta a probabilidade de agravamento do estado de saúde, em particular de quem sofre de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), asma, bronquiectasias, fibrose quística e fibrose pulmonar.

Tudo porque estes doentes são mais suscetíveis às infeções respiratórias como a pneumonia, fator que contribui muito para a perda significativa da capacidade física, mais custos com medicamentos, idas às urgências, internamentos e em casos mais graves a mortalidade.

Por isso, além de recorrer a um especialista médico, há que perceber quais são os principais sintomas destas doenças, bem como que cuidados ter.

Quanto aos sintomas, eles são tosse e falta de ar, sobretudo. A DPOC, em geral, é causada pelo tabagismo, o que não acontece tão diretamente com a asma brônquica. A asma é, normalmente, uma doença de natureza alérgica e hereditária.

Existem medidas gerais que todos estes doentes devem adotar para fortalecer o seu sistema imunitário e evitar infeções e o agravamento da doença:

  • O cumprimento rigoroso da medicação prescrita;
  • Fazer as vacinas para aumentar a proteção contra a gripe e a pneumonia;
  • Realizar as técnicas de higiene brônquica se tiverem catarro brônquico;
  • Evitar ambientes poluídos, em especial o fumo do tabaco;
  • Ter um estilo de vida saudável, como uma boa alimentação, um sono reparador e com pouco stress;
  • Realizar atividade física regular, pois é uma boa forma de melhorar a capacidade do sistema imunitário e prevenir doenças cardiovasculares;
  • No caso dos doentes crónicos, deve haver acompanhamento regular pelo médico e cumprimento rigoroso da medicação prescrita.

É ainda de extrema importância que os doentes respiratórios crónicos sejam acompanhados pelo seu médico e que frequentem um programa de Reabilitação Respiratória de forma a aumentar a capacidade física e assim continuarem a realizar as suas tarefas diárias com menos dificuldades respiratórias e cansaço.

Os programas de Reabilitação Respiratória devem ser realizados por profissionais de saúde especializados que trabalham em equipa interdisciplinar, envolvendo médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, enfermeiro, terapeuta ocupacional e técnico de cardiopneumologia.

As doenças do aparelho respiratório têm uma elevada prevalência representando, no seu conjunto, a terceira principal causa de morte no mundo, representando cerca de 19% dos óbitos.

Estima-se que em 2020 as Doenças Respiratórias sejam responsáveis por cerca de 12 milhões de mortes anuais.