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Hillary Clinton diz que caso Lewinsky foi “muito doloroso”

Quase 18 anos depois do escândalo que abalou a Casa Branca, Hillary Clinton falou mais abertamente sobre o caso Lewinsky. A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos da América revelou, em entrevista à CNN, que o affair do marido Bill Clinton com a estagiária foi “muito doloroso”.

À pergunta da jornalista Pamela Brown ‘Foi difícil que algo tão privado, tão pessoal, saísse à luz pública quando era primeira-dama?’, Hillary respondeu assim: “Foi muito difícil. Foi doloroso.”

E continua: “Fui muito apoiada pelos meus amigos. Eles uniram-se à minha volta, trataram de me fazer rir, recomendaram-me livros para ler. Gostávamos de dar longos passeios, passar o tempo juntos, comer comida nada saudável, essas coisas que fazes com os teus amigos. Eu simplesmente tinha que me levantar todos os dias e seguir em frente com a situação, sem abandonar um conjunto de responsabilidades públicas. Por isso sim. Foi muito, muito difícil”.

Monica Lewinsky
Monica Lewinsky

 

Nem quando a antiga primeira-dama publicou o seu livro de memórias ‘História Viva’, em 2003, tinha sido tão reveladora desse período difícil da sua vida. No livro apenas contou a sua reação depois de Bill Clinton, presidente dos EUA entre 1993 e 2001, lhe confessar o affair com a estagiária de 24 anos. “Eu mal podia respirar. Soprando o ar, comecei a chorar e gritar”.

O escândalo estalou em dezembro de 1998, depois de semanas de rumores e de Bill Clinton ter negado ter tido relações sexuais com Monica Lewinsky na sala Oval. O presidente acabou por pedir desculpas aos norte-americanos, em conferência de imprensa, enquanto Hillary se mantinha ao seu lado cerrando os dentes.

Nem nessa altura nem agora, a candidata presidencial nunca virou costas ao marido. O que numa altura de eleições pode dar-lhe muitos votos e apoio.

“Ninguém me entende melhor nem nada me consegue fazer rir da maneira que Bill o faz. Depois de todos estes anos ele continua a ser a pessoa mais interessante, enérgica e plenamente viva que já conheci”, argumentou, explicando desta forma porque é que nunca pediu o divórcio.

Já Monica Lewinsky diz ter saído prejudicada da história e assume-se como a primeira vítima de ‘cyber-bulling’, chegando a pedir compaixão, quase duas décadas depois do escândalo.