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Morreu o cirurgião plástico das vedetas internacionais

Sophia Loren, Gina Lollobrigida, Glória Pires, Suzana Vieira, Vera Fischer e Sónia Braga. O que têm em comum estas atrizes? O facto de terem passado pelas mãos do mesmo cirurgião plástico brasileiro.

Ivo Pitanguy, nome incontornável na área, morreu no sábado, dia 6, aos 93 anos. No dia anterior tinha carregado a tocha olímpica na sua cadeira de rodas, na zona sul do Rio de Janeiro, onde tinha a sua clínica mundialmente famosa.

Ivo Pitanguy nos Jogos do Rio

O médico sofreu uma paragem cardiorrespiratória quando estava em casa. O funeral será realizado este domingo na cidade maravilhosa.

Pitanguy fez do Brasil a principal referência mundial em cirurgia plástica ao desenvolver técnicas nas áreas de estética e de reparação. Transformou a vida de milhares de pacientes, famosos e anónimos. Formou vários profissionais no seu Instituto de cirurgia plástica e também era escritor.

No seu discurso na cerimónia da Academia Brasileira de Letras, que o elegeu imortal em 1990, o cirurgião e escritor citou o espanhol Pablo Picasso: “Picasso dizia que há dois tipos de artista: ‘Aquele que faz do sol uma simples mancha amarela, e o que de uma simples mancha amarela faz o sol’. Creio que escritor é quem transforma manchas amarelas em sóis: tanto é iluminado quanto ilumina. Tem luz própria.”

O cirurgião foi responsável pelo serviço de queimados da Santa Casa de Misericórdia do Rio, que ajudou a criar e que foi o primeiro serviço de cirurgia de mão em toda a América do Sul.

Em 1989, o Papa João Paulo II concedeu-lhe o Prémio Cultura da Paz. Também recebeu da UNESCO o Prémio pela Divulgação Internacional da Pesquisa Médica.

Deixa quatro filhos e cinco netos.