Atualidade

São João ao rubro na cidade do Porto

A cidade do Porto voltou a não dormir, no dia da festa mais aguardada do ano.

A tradição do São João, no Porto, começa na sardinha assada a ‘pingar’ no pão, no pimento assado na brasa, na broa a estalar, e só pára quando as pernas já não aguentarem mais.

E este ano não foi exceção. Tudo aconteceu como manda o ‘figurino’. A folia dos portuenses não se esgotou e as festas nas zonas históricas da cidade aqueceram ao ritmo do fogo de artifício e dos balões lançados pelos céus da Invicta.

Até o tempo ajudou. Sem o habitual orvalho que teima em refrescar a noite, as festas de São João encheram, sem surpresa, as ruas do Porto de divertimento, boa disposição e a dose característica de simpatia das gentes do norte.

A Avenida dos Aliados, que se tornou pequena para tanta animação, ficou coberta de cor, muito por culpa dos tradicionais martelos dos foliões que desfrutaram, na Praça, do som do concerto dos Xutos e Pontapés.

Antes disso, e junto à zona ribeirinha, tendo o Douro como cenário, o espetáculo de pirotecnia maravilhou todos os presentes. Foram 16 minutos de luz, cor, sincronização e música como há muito não se via. O fogo de artifício foi da responsabilidade, uma vez mais, do Grupo Luso Pirotecnia, que selecionou uma banda sonora que contou com nomes como AC/DC, Pink Floyd, Scorpions, Guns N’ Roses, Rolling Stones e Queens.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, não quiseram perder a festa e, a convite do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, andaram pelas ruas do Porto a levar as marteladas da praxe.

Já nos Aliados, o presidente subiu a um autocarro aberto, para depois assistir ao início do concerto dos Xutos e Pontapés. Durante largos minutos, o presidente da República acenou à multidão e retribui a simpatia com que foi brindado.

Ainda com os artistas em palco, Marcelo Rebelo de Sousa saiu do autocarro e voltou a mergulhar na multidão sem hesitar.

Para os mais resistentes, a festa prosseguiu até ao amanhecer. Na ressaca da sardinha assada, das marteladas, do alho porro, do cheiro das farturas, e ao ritmo da música popular e dos bailaricos a cidade manteve-se acordada para aproveitar cada segundo da festa.

A noite mais carismática da cidade do Porto manteve-se igual a si mesma com toda a tradição a brotar à flor da pele com a folia das suas gentes.

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