Tozé Santos e Sá

Advogado

Zicas!

São uma epidemia, bem maior e mais gravosa que o vírus de que agora todos falam.

São especialistas em dar nas vistas e um alinhamento de factores por elas criado permite a sua popularização a níveis alarmantes. Parasitas com casos reportados de falta de pudor ou vergonha na cara.

Este ano polonizaram-se em gravações vídeo para o show mediático, seguindo-se as férias para o sol e calor, algo que só ajuda nos tratamentos. Ou isso ou a velha tática da irmã mais velha que pede um irmão mais novo, porque quem não aparece esquece e é tão maçador ter os jornalistas à porta a dar notícias invasoras da privacidade…

A massificação destas atitudes é um dos motivos para o aumento dos tristes seres. Não faltam candidatos que lhes queiram seguir as pisadas. Nada melhor, portanto, do que ir a um programa de TV, onde coitadinho do chefão também se diz vítima de maus tratos e vida destroçada, fazendo esquecer ao mundo a facadinha que deu no próprio lar, e chorar lágrimas de crocodilo.

Nada como ser ator de um guião escrito por si adequado à sua condição e objetivos. Onde uns veem vergonha, outros veem oportunidade de manter-se a boiar. Assim se dissemina o vírus. É muito fácil e parece que todos os infetados sofrem das mesmas angústias infantis. Já mudavam o disco com alguma criatividade…

Outro aspecto é a popularidade do vetor. Há ampla presença destes parasitas. Estão praticamente em todos os lugares do mundo e é muito difícil erradicar, tendo em conta a quantidade de seguidores e votos alcançados nas últimas presidenciais. Se isto não é o retrato da pobreza deste País…

Alguns aspectos que preocupam é a falta de impunidade destas atitudes burlescas, no final, sempre premiadas. São os parasitas saltitões que, afinal, infectam o nosso mundo sem cura à vista.

Sem perigo de contaminação, vou tirar um apontamento… Até terça!