Tozé Santos e Sá

Advogado

Portugueses capazes contra incapazes atitudes

Diariamente, o mundo cor-de-rosa recebe um novo espaço a que agora chamam blogue. Há para todos os gostos, feitios e religiões, como se fosse de ideias ocas feita a democracia.

Com pompa e circunstância, lançam projetos que roçam o jornalismo, mas sem licença para tal e muito menos carteira profissional. Sabe Deus se levam com impostos como o pobre do português que, sem linhagem no apelido ou padrinhos de peso, são mais capazes do que muitas Marias.

Por vezes, tropeço em publicitações que promovem escritos que mais parecem tirados de diários e fico a pensar que foram feitos em frente ao espelho por quem não tem com quem desabafar, usando as redes sociais e todo o seu manancial para autopromoção ofuscada com confettis virtuais.

Depois ainda vejo quem se ponha em bicos de pés à boleia de problemas alheios, tomando as dores de terceiros como prevenindo pedras nos próprios telhados de vidro. Em Portugal há bom, médio e jornalismo que nem se pode chamar de tal, mas também há gente que adora criticar por ficar bem.

Já não há paciência para tantos arautos da moral e só é pena que, no meio de tantas taxas que se criam numa época de políticos de sarjeta, não criem imposto para tal. São todos tão perfeitos como o silicone que enche peitos, o botox que desenha sorrisos e as extensões que alongam melenas. Burlas visuais que só desejo não terem efeitos colaterais.

Com tantos espremedores na blogosfera, não me admira que quase todas as semanas anunciem o fim do mundo que, espero, não seja em cuecas, pois nem todas são a Sara Sampaio e Cristiano Ronaldo só há um.

Bem vestido, pois está fresco, vou tirar mais um apontamento… Até terça!