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5 mortos e um milhão de deslocados devido a sismo no Chile

Um grande sismo, de magnitude 8,3 na escala de Richter, abalou quarta-feira o Chile. O terramoto ocorreu às 19h54 locais (23h54 em Lisboa) no mar, a 11 quilómetros de profundidade, e teve o epicentro a 71 quilómetros da cidade de Illapel, capital da província Choapa, situada a norte de Santiago do Chile, capital do país.

O sismo provocou pelo menos cinco mortos e a retirada de um milhão de pessoas, mantendo-se o alerta de tsunami no país, informou esta quinta-feira, dia 17, um responsável do Ministério do Interior. “Lamentamos a morte de cinco cidadãos chilenos, apresentamos as condolências do governo a todas as respetivas famílias (…) Estimamos o número de retirados em um milhão de pessoas”, disse o subsecretário do Ministério do Interior, Mahmoud Aleuy.

Segundo a imprensa local, em Santiago do Chile, há ruas cortadas devido a desmoronamentos e Coquimbo foi a região mais afetada.

As aulas foram suspensas em oito regiões do país – entre a região de Atacama e Los Lagos, onde se encontra a região metropolitana de Santiago de Chile – que englobam 17,6 milhões de habitantes. A polícia também procedeu à retirada de prisioneiros de estabelecimentos prisionais em zonas de risco de tsunami nos municípios de Illapel, Arauco, Chañaral e Iquique.

O sismo foi sentido em sete regiões do país, incluindo a capital do Chile, com mais de 5 milhões de habitantes, e em algumas áreas dos países vizinhos. Na Argentina foi sentido em Buenos Aires e Córdoba, e no Brasil, em São Paulo.

No Pacífico Norte, as autoridades do Havai acionaram a contagem decrescente para um eventual impacto costeiro de um tsunami.

Para ajuda nas operações de socorro, a presidente do chile, Michelle Bachelet declarou o estado de catástrofe nas zonas afetadas pelo sismo.

Este é o segundo terramoto mais forte dos últimos 55 anos no Chile, depois de um sismo de 8,8 registado a 27 de fevereiro de 2010 e seguido de um tsunami que arrasou várias localidades costeiras e insulares do centro e sul do país, ter causado 526 mortos, 800 mil desalojados e prejuízos de 30 mil milhões de dólares.