Tiago Alves

Estudante universitário

Portugal e o futuro

Hoje em dia, as palavras austeridade, desemprego, recessão e crise estão na ordem do dia de um cidadão português, muito por culpa de problemas internos mas também externos.

Se nos problemas externos não dependemos exclusivamente de nós, nos internos temos maior responsabilidade. Reconhecer que a “asfixiação” e os cortes massivos não são uma solução viável, começa a tornar-se óbvio, procurar outras soluções é vital para um país que carece de sangue novo. Reparemos nos problemas estruturais de Portugal: a natalidade, a formação dos portugueses, a fuga dos licenciados, as empresas públicas que constantemente dão prejuízos, o desemprego, a insustentabilidade da segurança social (causada pela natalidade) e as assimetrias regionais, ou seja, um interior sem grande poder de atracão nem meios. A lista é mais extensa, porém estes deveriam ser problemas rapidamente combatidos.

Observando com lucidez, como combatemos a insustentabilidade da segurança social? Será a escorraçar a população ativa portuguesa, pedindo educadamente aos mesmos para irem emigrar? Como resolvemos os problemas de saneamento das empresas publicas, será a privatizar à “bruta”?

Não há varinhas magicas que resolvam todos os problemas do país, é certo, mas devemos enfrentar tudo isto com outra mentalidade. Um dos problemas é que estamos sempre a espera de uma “palmadinha nas costas” da Alemanha…perdão, de Bruxelas para fazer seja o que for!

Sem descartar, obviamente, o papel da União Europeia, que é sem duvida importante, devemos ser mais independentes, mais autónomos e arranjar soluções com o que temos, tendo em conta o que os portugueses precisam. Sim, tenho esta ideia algo “lunática” que os governadores devem governar consoante os interesses do povo. Apesar de todas as responsabilidade dos políticos, atenção(!), que os restantes não devem “sentar-se a sombra da bananeira”, como diz Kennedy, e em certa parte tem razão, “não pergunte o que o país pode fazer por ti. Pergunta antes o que tu podes fazer pelo  país.”

Definitivamente, a solução passa pela mentalidade, tantos dos governadores como dos governados. A maneira de pensar que menospreza o nosso pais e que nos inferioriza perante os outros, só faz com que isso aconteça de verdade. É preciso haver cultura de exigência, orgulho no que somos e fomos, olharmos para dentro e finalmente… mãos à obra!