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Ao lado da mãe, Sónia Araújo recorda “infância feliz”

Vizinhas e confidentes, Adelaide e Sónia Araújo alimentam diariamente um amor incondicional e que contagia quem com elas se cruza.

A pretexto do Dia da Mãe,  a Move Notícias encontrou-se com as duas mulheres para sentir o pulsar de um sentimento que nunca deixou de ser pleno.

Para Adelaide, a filha mais nova será sempre uma “menina”, apesar de já contar 44 anos. Mãe presente e atenta, a enfermeira foi sempre vendo Sónia fazer “o que gostava”.

“Fomos acompanhando as suas escolhas mas nunca a proibimos ou tentamos influenciar, ela seguiu o seu caminho tanto nas artes como nos estudos mas nunca lhe impusemos nada, nunca foi preciso. Havia regras que tinham que ser cumpridas, mas como ela sempre correspondeu, nunca tivemos problemas, foi uma filha fácil de criar”, recorda.

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A seu lado, Sónia recua até “uma infância feliz, sem grandes sobressaltos, com os pais sempre muito presentes”. “Quando olhava para a minha mãe achava-a bonita, sempre se arranjou, sempre teve esse brio quer fosse para sair ou trabalhar, nunca saía de casa sem estar bem. Eu acho que esse gosto em me arranjar e apresentar bem se calhar aprendi com ela. É assim que vejo a minha mãe, de alguém que gosta de se cuidar e que é muito feminina”, lembra.

Os anos passaram, mas “continuamos a ser muito próximas, mesmo em férias falamos pelo telefone diariamente, gostamos de fazer o relatório do que cada uma fez e trocar impressões. Tenho as minhas grandes amigas, mas a minha mãe é minha confidente, com quem vou fazer passeios e conversar”, conta a bonita apresentadora.

E, “mesmo na fase em que ela foi para Lisboa, falávamos todos os dias, estamos sempre a par da vida uma da outra. Agora vivemos no mesmo prédio, mas antes de isso acontecer ela saía da RTP e primeiro passava em minha casa”, acrescenta Adelaide que ainda tem outro filho, Rui, de 48 anos. “Foram ambos educados da mesma maneira, a fazer as coisas em casa, em organizar as coisas deles, em tudo, embora com feitios diferentes os dois dão-se muito bem”, assegura.

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Altualmente são os filhos de Sónia, os gémeos Francisco e Tomás,  de 6 anos, e Carolina, de 11, que ocupam o tempo de Adelaide, para quem “ser avó é delicioso”. “Também tem as suas canseiras, mas sei que eles gostam de mim e eles para mim também são tudo”, confessa.

Sónia reconhece que a mãe mima os netos, “mas consegue ter regras”: “Dá-me espaço para eu educar os meus filhos. Quando eu não estou, ela é a segunda mãe, mantendo as regras que nós impomos em casa às crianças. A minha mãe consegue ser doce quando tem que ser e dura quando é preciso, esse equilíbrio é que eu acho importante”.

Na progenitora, Sónia Araújo tem um exemplo. Afinal, “acho que a minha mãe tem também esse mérito de me ensinar a ser mãe, é nela que eu me revejo agora que também o sou”, vinca a antiga bailarina que já é “uma referência” para a própria filha. Isto apesar de Carolina estar “naquela fase em que pensa que ela é que sabe e discorda de algumas opiniões minhas, mas faz parte, está na pré-adolescência em que acha que sabe tudo”.

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Fotos: José Gageiro