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AirAsia: 16 corpos recuperados

A Indonésia aguarda esta sexta-feira, dia 2, a chegada de especialistas em localização de caixas negras de França no âmbito das operações de busca pelo avião da AirAsia, que se despenhou no último domingo, com 162 pessoas a bordo no Mar de Java.

“Durante a manhã de 2 de janeiro, um barco transportará investigadores para a zona de busca, com equipamento de deteção, incluindo hidrofones, para localizar as balizas acústicas dos gravadores do voo”, informou o Departamento de Investigação de Acidentes (BEA), segundo o canal de televisão Channel News Asia.

As autoridades indonésias elevaram hoje para 16 o número de corpos resgatados. De acordo com a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, os serviços de emergência transportaram oito cadáveres para Surabaia, na ilha de Java, onde foi montado o centro de operações e se concentra a maioria dos familiares das vítimas, enquanto dois outros estão na ilha do Bornéu e seis em barcos.

Cerca de 30 barcos e 17 aviões, de países como Estados Unidos, Austrália, Singapura, Malásia e China, participam nas buscas pelas caixas negras do avião da AirAsia, sob condições meteorológicas relativamente boas, com ondas de entre 2,5 e 3 metros.

Na quinta-feira, foi identificada a primeira vítima – Hayati Lutfiah Hamid -, a qual foi a enterrar numa cerimónia que reuniu familiares e amigos em Java Oriental, segundo o diário “The Jakarta Post”.

A sogra, o marido e um filho de Hayati também seguiam a bordo do Airbus 320-200 da companhia de baixo custo malaia. Anteriormente, a vítima tinha sido identificada erroneamente pela imprensa local como a hospedeira Khairunisa Haidar Fauzi.

As autoridades estimam que o aparelho esteja entre 30 e 50 metros de profundidade, a sul da ilha de Bornéu.

O Airbus da AirAsia descolou no domingo da cidade indonésia de Surabaia e tinha aterragem prevista para cerca de duas horas depois em Singapura, mas despenhou-se quarenta minutos após a descolagem no mar de Java.

A bordo seguiam 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um singapurense. Apesar de o piloto, o capitão Iriyanto, ser um experiente profissional com 23 mil horas de voo, 6.000 das quais ao serviço da AirAsia, e de o Airbus ter passado uma revisão técnica em novembro, o acidente suscitou questões sobre a segurança das companhias aéreas asiáticas.

Especialistas em navegação aérea citados por agências internacionais admitiram que o piloto do voo QZ8501 tenha conseguido fazer uma amaragem de emergência, mas que o aparelho tenha acabado por submergir devido ao estado do mar.

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