Saúde & bem-estar

Comer fibras retarda o envelhecimento cerebral

Um novo estudo publicado na revista científica Frontiers in Immunology revela que adicionar alimentos ricos em fibras como bróculos, nozes, aveia, feijão e pão integral na dieta alimentar pode retardar o envelhecimento cerebral.

Os declínios cognitivo e de memória, comuns na velhice, são causados por uma inflamação da micróglia, um tipo de célula do sistema imunológico que é abundante no cérebro e que se tornar hiperativa e cronicamente inflamada no processo de envelhecimento. As fibras, ajudam a retardar o envelhecimento cerebral ativando a produção de um ácido chamado butirato, que possui propriedades anti-inflamatórias.

Estudos anteriores já haviam mostrado que o butirato, que é produzido no cólon quando as bactérias fermentam as fibras no intestino, pode melhorar a memória e reduzir inflamações cerebrais e também intestinais. No entanto, a ciência ainda não tinha descoberto como o consumo de fibras poderia ser convertido em benefícios cognitivos.

A análise genética de marcadores inflamatórios mostrou que o consumo adequado de fibras reduz inflamações na micróglia, um tipo de célula imunológica do sistema nervoso central que faz vigilância ativa do tecido cerebral e da medula. Segundo os especialistas, pode ser resultado do declínio na produção da interleucina-1 (IL 1β), substância pró-inflamatória que é associada ao Alzheimer.

“Sabemos que adultos mais velhos consomem 40% menos fibra alimentar do que o recomendado. Não obter fibras suficientes pode ter consequências negativas na saúde cerebral e inflamação em geral”, avisou Rodney Johnson, um dos autores do estudo. Como a ingestão direta do butirato de sódio não é muito comum por causa do forte odor, uma dieta rica em fibras é a melhor maneira de garantir sua presença no organismo.

Conhecidas por contribuírem para a manutenção de uma dieta saudável, as fibras ajudam também na redução de peso.